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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1726 *182 (pã’ar)<br />

(9.26 [25]). A BJ traduz apropriadamente essa expressão, “que têm as têmporas raspadas”,<br />

assim como temos na AEA “que cortam os cabelos nas têm poras” (cf. ARC)! A NIV, “e todos<br />

os que vivem no deserto em lugares distantes”, segue a interpretação mais antiga e que<br />

se acredita ser mais apropriada ao contexto. Ao contrário das demais passagens em que<br />

se quer indicar testa, têmporas, etc., cabelo, barba e rosto não são mencionados nestes<br />

três versículos. Mesmo assim é um a referência às tribos árabes nômades daquela época.<br />

Há dois contextos especialmente interessantes em que ocorre pê’â com o sentido de<br />

“canto”. O primeiro é Levítico 19.27; 21.5. Os dois versículos proíbem arredondar o cabelo<br />

“nas extrem idades” ou aparar “as extrem idades” da barba. Essas determinações, à<br />

prim eira vista incompreensíveis, são encontradas num a lista de outras abominações, tais<br />

como, dilaceração do corpo, tatuagem e até mesmo prostituição cultuai. Presum ivelm ente<br />

as referências ao não cortar as extremidades do cabelo referem-se às m arcas peculiares<br />

que os pagãos faziam em si mesmos em seus ritos fúnebres (Jr 9.26 [25]; 25.23; 49.32).<br />

Acredita-se que a intenção deles era deixar o enlutado irreconhecível para os espíritos que<br />

pairavam em volta do falecido. Em Israel era proibida tam anha consideração respeitosa<br />

para com a presença de espíritos maus.<br />

O segundo contexto é Levítico 19.9 e 23.22: “Quando também segares a m esse da tua<br />

terra, o canto do teu campo não segarás totalm ente” (e cf. Dt 24.19-22; Rt 2.2). Esse fato<br />

ilustra o interesse da Bíblia com os pobres e os estrangeiros.<br />

B ibliog ra fia : Sobre os problemas de tradução de Amós 3.2, veja-se G ese, H., K leine<br />

Beitráge zum Verstândnis des Amosbuches, VT 12:417-38, esp. p. 427-32.<br />

V.P.H.<br />

1726 *“)KS (pã’ar) I, glorificar, em belezar, adornar.<br />

Termos Derivados<br />

1726a<br />

(pe’êr) turbante.<br />

1726b frniJíSn (tip’ãrâ) beleza.<br />

O verbo pã’ar aparece 13 vezes no AT, seis no piei (quatro em Isaías: 55.5; 60.7, 9,<br />

13) e sete no hitpael (cinco em Isaías: 10.15; 44.23; 49.3; 60.21; 61.3).<br />

No piei o sentido básico de pã’ar é o de “em belezar”, “glorificar”. N as seis ocorrências<br />

nesse grau, o sujeito do verbo sempre é Deus. Objetos da atuação divina são, por exemplo,<br />

seus filhos (Is 55.5; Sl 149.4), ou seu santuário (Ed 7.27; Is 60.7, 13). E ssa idéia é<br />

continuada no uso de pã’ar no hitpael (Is 44.23; 49.3; 60.21; 61.3). Um significado<br />

adicional nesse grau é o de “gloriar-se”, como se vê em Juizes 7.2; Isaías 10.15. A fala de<br />

Moisés a Faraó, em Êxodo 8.9 [5], é literalm ente “gloria-te sobre mim”, o que parece ter<br />

o sentido de “por favor, dá-me um a ordem” ou de “explica-te diante de mim”.<br />

E ssa distinção existente no verbo entre “em belezar” e “gloriar-se” também se vê no<br />

substantivo derivado, embora o significado básico seja o de “beleza”, mas incluindo a<br />

conotação de “orgulho” (cf Is 10.12, “o Senhor (...) castigará (...) a pompa da altivez”, IBB;<br />

e tam bém Is 13.19, acerca da Babilônia, e 20.5, acerca do Egito).<br />

Existe um sentido em que tip’ãrâ designa um tipo correto de ostentação, orgulho,<br />

um “gloriar-se”. Isso é especialmente válido em Provérbios: “a ‘glória’ dos filhos são os<br />

pais” (17.6); “a ‘glória’ dos jovens é a sua força” (20.29, IBB); “quando os justos triunfam ,<br />

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