DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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be seguida da indicação de alguém, caso em que a expressão tem o sentido de “trabalhar
por meio de (outrem)”, isto é, usar alguém como escravo (Êx 1.1 4; Jr 22.1 3; ou. no grau
pual, referindo-se a cativos, Is 14.3). A idéia de servidão também inclui o “servir como
súdito” de um rei ou governante (Jz 9.28; 1 Sm 11.1). No grau hifil, o verbo tem o
significado de “obrigar ao trabalho” como escravo (Êx 1.13). Quando, porém, o serviço é
oferecido a Deus, não constitui escravidão, mas uma experiência jubilosa e libertadora (Êx
3.12; 4.23; 7.16, 26; 10.26; Sl 22.31; Jó 21.15; Jr 2.20; Ml 3.14). Com grande freqüência
o texto bíblico registra que esse serviço foi prestado a outros deuses que não eram deuses
de forma nenhuma (Dt 7.16; 2 Rs 10.18-19, 21-23; etc.).
Emprega-se o mesmo conceito para referir-se ao serviço a lavé dentro do ministério
levítico (Nm 3.7-8; 4.23, 30, 47; 8.11, 19 e ss., etc.). É bem interessante que a LXX reservou
a palavra grega latreuõ para designar exclusivamente o serviço oficial dos sacerdotes. O
NT, porém, resistiu firmemente ao uso desse grupo de palavras para referir-se ao
ministério ou às funções do NT. exceto em Romanos 15.16, passagem que se refere ao
trabalho de Paulo em favor de Jesus Cristo. O NT emprega a palavra em outros contextos
religiosos, especialmente aqueles que tratam do ritual veterotestamentário (Hb 9.21;
10.11; Lc 1.23).
‘e b e d . E scra v o , servo. A forma aparece 799 vezes no AT.
Conquanto a idéia fundamental de ‘ebed seja a de escravo, em Israel a escravidão não
era algo tão repulsivo, visto que a condição de escravo envolvia direitos e, freqüentemente,
cargos de confiança. Um israelita não podia manter outro israelita indefinidamente como
escravo contra a vontade deste; o período de escravidão estava limitado a seis anos (Êx
21.2). Mesmo a descrição da bastante criticada alusão ao escravo como dinheiro do seu
senhor (Êx 21.20-21) não era uma atitude insensível, mas servia para evitar maus tratos
físicos pelo senhor. Sempre que se pudesse provar o intento maldoso do senhor (Êx 21.14)
ou sempre que o escravo morresse devido a maus tratos (21.20), o senhor era passível de
castigo. Se houvesse dúvidas quanto à motivação do senhor, um escravo que sofresse dano
físico ganhava pelo menos a sua liberdade (Êx 21.26-27) e o senhor perdia o dinheiro que
emprestara (21.21). Observe-se também a posição de destaque do servo em Gênesis 24.2
e ss.; 41.12 (cf. 15.2).
Os súditos de um rei são seus servos (Gn 21.25; Êx 7.28), como também o são todos
os seus reis-vassalos (2 Sm 10.19) e as nações que lhe pagam tributo (1 Cr 18.2, 6, 13).
Aqueles a serviço do rei também são seus servos (Gn 40.20), inclusive os oficiais (1 Sm
19.1; 2 Rs 22.12) e os embaixadores (Nm 22.18).
Por vezes o termo “servo” era empregado como uma referência humilde e educada a
si mesmo (Gn 33.5). Isso podia chegar a extremos, como na expressão “teu servo, este
cão”, e em outras parecidas (2 Rs 8.13; 2 Sm 9.8). C f também as tabuinhas de Tell el
Amarna e as cartas de Láquis 2, 5, 6. A expressão “teu servo” era freqüentemente usada
ao dirigir-se a Deus em oração (Êx 4.10; Sl 19.12, 14; 109.28).
O uso mais significativo do termo “servo” se vê num título messiânico, a mais
proeminente designação técnica e pessoal para indicar o ensino do AT sobre o Messias. As
principais passagens que falam a respeito encontram-se nos últimos 27 capítulos de
Isaías. Nesse trecho o termo ocorre 20 vezes no singular (39— 53) e 11 vezes no plural
(54— 66).
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