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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2163 Z22H (rãkab)<br />

2163 (r ã k a b ) montar, cavalgar.<br />

Termos Derivados<br />

2163a tDD j (r e k e b ) carro, carros (subst. coL).<br />

2163b trçpn (r ik b â ) a /o de montar, ato de conduzir (carro).<br />

2163c t-IH (r a k k ã b ) condutor de carro.<br />

2163d<br />

2163e<br />

(r*küb) carro.<br />

(m e r k ã b ) carro.<br />

2163f tniDTQ (merkãbã) carro.<br />

r k b é uma raiz verbal de amplo uso, sendo cognata tanto do ugarítico rk b quanto do<br />

acadiano r a k ã b u , de onde pode ter vindo o termo hebraico, r ã k a b aparece 75 vezes no AT,<br />

nos graus qal e hifil.<br />

O verbo aparece pela primeira vez em Gênesis 24.61, “montando nos camelos,<br />

seguiram o homem”. O verbo, entretanto, é também usado para indicar o andar em<br />

jumentos (1 Sm 25.42), mulas (2 Sm 13.29) e de carro (1 Rs 18.45). O termo não é<br />

empregado com referência a cavalos senão nos livros proféticos posteriores (Zc 1.8) porque<br />

aparentemente esses animais não foram usados como montaria em Israel a não ser bem<br />

mais tarde. Quase não há diferença de sentido em comparação com o grau hifil (Gn 41.43;<br />

Dt 32.13; et al.). Tem havido interesse no uso possível de r ã k a b em um paralelismo com<br />

o sentido de “cavalgar uma nuvem” ou “montar nas nuvens”: “eis que o SENHOR,<br />

cavalgando numa nuvem ligeira” (Is 19.1). Cf. Salmos 104.3 e certas passagens da<br />

mitologia poética ugarítica, nas quais Baal é chamado de rk b ‘r p t, “aquele que cavalga as<br />

nuvens” (í/T 19: n? 1924). Uma comparação cuidadosa dos dois usos há de revelar que,<br />

embora se empreguem figuras de linguagem semelhantes, não se pode demonstrar<br />

nenhuma dependência entre os dois usos.<br />

r e k e b . Carro. Substantivo masculino, é o termo usual para um veículo puxado a cavalo<br />

usado em combate e em viagens reais. Aparece mais de 120 vezes no AT. Dados<br />

arqueológicos sugerem a Mesopotámia como o lugar que deu origem ao carro, e é bastante<br />

possível que o vocábulo rek eb também tenha tido origem na Mesopotámia. A raiz verbal<br />

de rek e b é r ã k a b , que é cognata do acadiano ra k ã b u . A forma participial do verbo<br />

acadiano, n a r k a b tu , é o termo mais comum para designar carro. A forma hebraica dessa<br />

palavra é m e rk ã b ã . De modo que os dois vocábulos hebraicos derivam da mesma raiz. Os<br />

carros mencionados no Pentateuco, nas narrativas sobre José (Gn 41.13; 46.29; 50.9), são<br />

todos de origem egípcia. Parece que os hicsos introduziram a guerra com carros na Síria<br />

e no Egito por volta de 1600 a.C. A grande destruição de carros egípcios no mar Vermelho<br />

(Êx 14.9, 17-18, 23, 26; 15.19) é considerada um sinal da salvação operada por Deus.<br />

Quando Josué liderou os israelitas por toda a Canaã, eles enfrentaram em Hazor uma<br />

poderosa força de carros (Js 11.4). Os israelitas se mantiveram em sua maioria na região<br />

montanhosa e afastados da grande estrada real ao longo do litoral devido, em grande<br />

parte, à sua falta de carros. Naftali e Zebulom derrotaram Sísera e seus 900 carros perto<br />

do monte Tabor (Jz 4.3). Não há dúvida de que foi Davi quem introduziu forças de carros<br />

no exército de Israel (2 Sm 8.4; 1 Cr 18.14). O r e k e b é utilizado como símbolo da<br />

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