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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2068 r n p (qãrâ)<br />

O dilem a de Eclesiastes é acentuado pela falta de sentido das realizações humanas<br />

diante do controle soberano (Pv 16.33) da providência divina (Ec 2.14; 9.11; 3.19).<br />

Eclesiastes conclui que o homem, criatura, não deve questionar o criador, mas obedecerlhe<br />

(12.13-14). Acertadam ente já se disse que a idéia de fatalidade ou acaso é totalm ente<br />

estranha à mente hebraica (G. H. TREVOR, Chance, ISBE, v. 1, p. 593). É possível, no<br />

entanto que a idéia da fatalidade seja encontrada na boca de filisteus pagãos (1 Sm 6.9)<br />

ou dos egípcios (Êx 1.10).<br />

q ã r e h . A c id e n te (n o tu rn o ). Esse substantivo denota um acontecim ento fora do controle<br />

hum ano, a em issão noturna que polui o homem, seja ela de sêm en ou diarréia (Dt 23.10<br />

[11], som ente).<br />

q cri. E n fren ta m en to . Esse substantivo (somente em Lv 26) denota um encontro hostil<br />

com a intenção de lutar. Ocorre sete vezes.<br />

m iq r e h . A c o n te c im e n to , s o rte , d estin o. Esse substantivo com mem prefixai denota as<br />

conseqüências do sentido de “acontecer”, “ocorrer”, existente na raiz verbal. Aparece dez<br />

vezes.<br />

q ô r â . V iga. Esse substantivo denota aquilo que é resultado de cortar algo em pedaços<br />

m enores (2 Rs 6.2); pode tom ar-se parte de um prédio (2 Cr 3.7) e ser aquilo que fica<br />

sobre a cabeça da pessoa (Gn 19.8, ARA, “teto”). Ocorre cinco vezes. O substantivo pode<br />

estar relacionado com o verbo qãrâ no sentido de encaixar viga com viga.<br />

m cq ã r e h . T eto , c a ib r o d e telh a d o . Esse hapax legomenon denota a estrutura que cobre<br />

a casa, a qual pode em penar (Ec 10.18). O vocábulo se distingue do particípio piei (que<br />

é igual na form a) pela presença de um dagesh (indicativo do artigo definido), muito<br />

em bora o mem sobre o sh'wa secante norm alm ente rejeite o dagesh (Sl 104.3).<br />

L.J.C.<br />

q ir y â . C id a d e. Vocábulo talvez derivado da raiz qãrâ, que significa “encontrar-se”, sendo<br />

a cidade um local de encontro de pessoas. O sinônim o *tr é a palavra mais usual, sendo<br />

que qiryâ é em pregada basicam ente na poesia.<br />

Cidades específicas são designadas por essa palavra: Gileade (Os 6.8), Seom (Nm<br />

21.28) e Damasco (Jr 49.25). Na m aioria das vezes a cidade é Jerusalém . Conquanto<br />

esteja sitiada (Is 29.1 — aqui a cidade é cham ada de Ariel), ela não cairá frente aos<br />

*<br />

assírios (Is 33.20). E a cidade do grande rei (Sl 48.2 [3]), o qual é a sua defesa segura.<br />

A expressão “Grande Rei” originariam ente fora o título dos reis da Babilônia e da<br />

Assíria (cf. 2 Rs 1 8 .1 9 , 2 8 ; Judite 2 .5 ) . Agora ele é atribuído ao Senhor (cf. Sl 4 7 .2 ; 9 5 .3 ;<br />

M l 1 .4 ) . M esmo no N T, a expressão “cidade do grande Rei” designa Jerusalém (M t 5 .3 5 ) .<br />

Isaías assinalou que Jerusalém , a cidade outrora fiel, era agora um a prostituta, i.e., infiel<br />

( 1 . 2 1 ; cf. Os 4 . 1 ) , mas a justiça será restaurada nela, e ela tom ará a ser cham ada de<br />

cidade de justiça e cidade fiel ( 1 .2 6 ) . Isso significa que Jerusalém se caracterizará não<br />

som ente com o cidade piedosa e leal, mas que tam bém será firm em ente estabelecida (essa<br />

expressão é usada em referência à dinastia davídica, 2 Sm 7 . 1 6 ; Sl 8 9 .3 7 [3 8 ]). Jerusalém<br />

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