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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1724 T I » (‘tr)<br />

A doutrina bíblica da oração, nas palavras de Eichrodt, é notável por estar livre de<br />

“todo vestígio de emoções falsas ou de adulação grandiloqüente; pelo contrário, suas<br />

características são uma sim plicidade, sinceridade e confiança infantis” em relação a Iavé.<br />

Adem ais, em contraste com a literatura de oração do antigo Oriente Médio, não ocorre<br />

uma “disparidade entre a oração na adoração pública coletiva e a oração particular do<br />

indivíduo (EICHRODT, Theology o f the Old Testarnent, v. 1, p. 175). A oração bíblica é<br />

espontânea, pessoal, motivada pela necessidade, não restrita a um a hora nem a um local.<br />

Conform e com entado por Vriezen, “era possível achegar-se a Deus em todo local (Gen.<br />

XXIV) e em toda hora do dia” (Outline o f Old Testarnent Theology, p. 279). É de interesse<br />

observar-se que na adoração de Israel, apesar das m inuciosas instruções quanto aos<br />

sacrifícios, não existe uma liturgia rígida da oração. Esta devia ser espontânea.<br />

Das 20 ocorrências de ‘ãtar, oito aparecem no contexto teológico das pragas do Egito,<br />

em Êxodo 8— 10 (a saber, Êx 8.8-9 [4-51, 28-30 [24-26]; 9.28; 10.17-18). Em Êxodo 8.28<br />

[24] estabelece-se um relacionam ento entre sacrifício e oração de súplica; tal<br />

relacionam ento parece provável em todo o episódio. Atos sacrificiais estão associados com<br />

súplicas em 2 Samuel 24.15 (Davi, orientado pelo profeta Gade, oferece holocaustos e<br />

ofertas pacíficas para interrom per a praga) e talvez em 2 Samuel 21.14 (acerca do<br />

sepultam ento de Saul e Jônatas). Contudo, o sacrifício não precisa necessariam ente<br />

acom panhar a oração de súplica, com o quando as duas tribos e m eia da m argem oriental<br />

oraram a Deus, em meio ao combate, “e ele foi suplicado em favor deles, porque confiavam<br />

nele” (lit.; 1 Cr 5.20). Ainda outro exemplo de súplica desacom panhada de sacrifício é dado<br />

por M anassés em sua oração de contrição durante seu cativeiro na Babilônia (2 Cr 33.12­<br />

13; cf. v. 19). Nessa passagem em prega-se ‘ãtar junto com hãlâ, “aplacar” , “apaziguar”,<br />

kãna' (nifal), “hum ilhar-se”, pãlal (hitpael), “orar”, e o substantivo fh in n â , “súplica”.<br />

As form as ativas de ‘ãtar (qal e hifil) dizem respeito à oração feita a Iavé num a<br />

súplica sincera; o grau passivo (nifal) é em pregado para designar a oração recebida<br />

favoravelm ente por Iavé, a dem onstração m aravilhosa de sua graça e condescendência.<br />

Pode-se observar essa alternância de graus do verbo em Gênesis 25.21: “E suplicou [qal]<br />

Isaque a Iavé em favor de sua esposa, pois ela era estéril, e Iavé foi suplicado [nifal (com o<br />

se o verbo transitivo indireto em português adm itisse a voz passiva)] acerca dele, e sua<br />

esposa, Rebeca, concebeu” (lit.). Deve-se fazer distinção entre este verbo e seus dois<br />

hom ônim os: ‘ãtar II e ‘ãtar III.<br />

B ib lio g r a fia : — TDNT, v. 2, p. 785-800. — THAT, v. 2, p. 385-6.<br />

R.B.A.<br />

1723 (‘ãtar) II, s e r a b u n d a n te. Ocorre som ente no nifal e no hifil.<br />

Term o Derivado<br />

1723a rfiru? (‘ãteret) a b u n d â n c ia (Jr 33.6).<br />

1724 “ ID» (‘tr). III. A c e ita c o m o r a iz d e:<br />

1724a "ini? (‘ãtãr) p e r fu m e (d e in cen so ) (Ez 8.11).<br />

rnniJ (‘ãteret). Veja o n? 1 723a.<br />

1193<br />

Nota: A página que corresponde ao número "1194" do DITAT está em branco, sendo assim não constará neste módulo.

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