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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1421 Kfcrç (nãsãl<br />

m a s s ã ’./. C a r r e g a m e n to , fa r d o , le v a n ta m e n to , so fr im en to , trib u to . A palavra ocorre<br />

39 vezes e, em seu contexto m ais natural, refere-se à carga ou ao fardo posto sobre o<br />

lom bo de anim ais com o jum ento (Êx 23.5), m ula (2 Rs 5.17) e cam elos (2 Rs 8.9). Isaías<br />

identifica um desses carregam entos com o constituído de ídolos m udos e ineficazes dos<br />

babilônios, que foram levados em bora com o parte dos despojos do cativeiro (Is 46.1-2).<br />

Talvez 2 Crônicas 17.11 se enquadre nesta categoria, “carga de prata” (c f PIB), Le., prata<br />

em grande quantidade, ou “prata com o tributo” (A R A ).<br />

Um dos usos m ais com uns desse substantivo se encontra em N úm eros 4.15, 19, 24,<br />

27, 31, 32, 47, 49, em que os coatitas, os gersonitas e os m eraritas são incum bidos de<br />

transportar várias partes do Tabernáculo.<br />

Um trecho debatido é 1 Crônicas 15.2'Z, 227. A tradução de sar ham m assã’ com o<br />

“chefe dos cantores” é indefensável. O significado da raiz é “erguer” e não “expressar”. Keil<br />

com enta que a LXX, a Vulgata e Lutero (e podem os acrescentar várias outras traduções)<br />

estavam erradas em relacionar a palavra que designa ‘Tardo” com a idéia de canto; pelo<br />

contrário, o contexto trata de carregar a arca, e m assã* é o vocábulo usual nesse contexto.<br />

Essa passagem deve ser harm onizada com Núm eros 4; 2 Crônicas 20.25; 35.3.<br />

Na categoria de usos figurados, uma passagem interessante é Ezequiel 24.25, que<br />

em prega um a form a nom inal do verbo, “o levantam ento de sua alm a” (lit.), com o sentido<br />

de “o anelo de sua alm a”, ou seja, aquilo para que estão elevando sua alma. Isaías 22.25<br />

contém um a referência m essiânica bastante debatida, a saber, a referência à “estaca”,<br />

yated. O peso posto sobre esta “estaca” será derrubado e cairá. A questão é se o peso<br />

(ARA, “carga”) é Sebna (David Baron) ou Eliaquim (E. J. Young), m as certam ente essa é<br />

um a referência figurada a algum a autoridade israelita desonesta. Esse uso é sem elhante<br />

àquele em que se diz que o povo é um fardo (Nm 11.11, 17; Dt 1.12; 2 Sm 15.33; Jó 7.20).<br />

O salm ista até m esm o se refere a suas iniqüidades com o “fardos pesados” (Sl 38.4 [5]).<br />

m a s s ã ’. II. P eso, s e n te n ç a p e s a d a , i.e., uma fala profética de caráter am eaçador ou<br />

intim idatório (ARA, “sentença”). A palavra aparece 27 vezes, apenas em contextos<br />

proféticos, com as exceções de Provérbios 30.1; 31.1.<br />

Esta palavra tem tido duas traduções diferentes desde a época pré-cristã. A mais<br />

antiga é “peso”. Esse era o ponto de vista do Targum de Jônatas, Áquila, a versão siríaca,<br />

Jerônim o (em seu com entário sobre Na 1.1), Lutero, Calvino, H engstenberg e J. A.<br />

Alexander. No entanto, outros entendem que o vocábulo tem o sentido de “oráculo”,<br />

“pronunciam ento” ou “profecia”, sugerindo uma raiz hipotética nã$ã\ “proferir” ou<br />

“receber”. Entre os que defendem essa idéia pode-se alistar a LXX, Cocceius, J. D.<br />

M ichaelis, Lowth e E. J. Young.<br />

O argum ento m ais decisivo em favor da prim eira tradução se encontra na obra de<br />

E. W. H engstenberg, Christology o f the OT, no com entário sobre Zacarias 9.1 (v. 3, p. 339-<br />

43). O argum ento observa acertadam ente que: 1) O contexto dessas profecias consiste<br />

exclusivam ente de am eaças. 2) A palavra m assã’ nunca vem seguida do genitivo de quem<br />

fala, tal com o em n*'um YH W H , “dito de Yahw eh”, mas sem pre está associada com o<br />

genitivo do objeto, por exem plo, o m assã’ de Babilônia, de M oabe, etc., m esm o quando é<br />

intercalado um elem ento adicional, com o em Zacarias 9.1; 12.1; M alaquias 3.1 (“o m assã’<br />

da palavra do SENHOR contra Israel”, lit.). 3) Os usos da palavra m assã' não revelam<br />

nenhum exem plo de um substantivo derivado de nãsã’ com o sentido de “proferir”. 4)<br />

M esm o as alegadas exceções de 1 Crônicas 15.22, 27 (veja-se m aééã’ I); Lam entações 2.14;<br />

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