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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1412 n p ] (n ã q â )<br />

daqueles que estão sob sua jurisdição.<br />

N o caso do piei de nqh (com exceção de 1 Rs 2.9) é sem pre o Senhor o sujeito da ação.<br />

D esse m odo é a ele que se dirigem petições de absolvição (e.g., “absolve-m e das [faltasj<br />

que me são ocultas”, Sl 19.12 (13]) e é ele que não deixa o pecador ficar sem castigo (Êx<br />

20.7; 34.7; J r 30.11; 46.28; Jó 9.28).<br />

Sem elhantem ente, no caso do adjetivo, quando este tem o significado de “in ocen te",!<br />

é Deus quem assum e responsabilidade por aqueles que não têm culpa. A ssim , ele se<br />

considera responsável pelo sangue inocente (D t 19.10, 13; 2 Rs 24.4; J r 2.34 e s.; 19.3 e<br />

s.; 22.3 e ss.; passim ). Jó, contudo, num m om ento de profundo pessim ism o, com enta que<br />

D eus destrói o inocente ju n to com o culpado (Jó 9.23).<br />

N ão apenas um pecador pode ser purificado, libertado da culpa, absolvido ou<br />

considerado inocente, m as um local tam bém pode ser lim po do mal ali encontrado. A<br />

“expulsão” de m entirosos e peijuros da terra, descrita na visão do rolo voador (Zc 5.3), tem<br />

com o conseqüência a purificação da terra do mal ali com etido.<br />

Talvez, dentre todos os usos deste verbo, o de sentido m ais técnico seja aquele em<br />

que se refere à liberação ou isenção das obrigações assum idas num juram ento (Gn 24.8,<br />

41) ou dos efeitos da m aldição inerente ao julgam ento de um a m ulher acusada, durante<br />

o qual se exige que ela beba a água am arga oferecida pelo sacerdote (Nm 5.19).<br />

nãqí, nãqi\ I r r e p r e e n s ív e l, in o c e n te , in c u lp á v e t, liv re, isen to , lim p o (d e m ã o s). O<br />

adjetivo nãqi e a form a variante nãqV referem -se às pessoas declaradas inocentes, livres<br />

ou isentas de acusação ou obrigação; ao sangue inocente (i.e.t o sangue derram ado de um a<br />

parte sem culpa ou inocente); e tam bém às “mãos lim pas”, um a figura que designa o<br />

com portam ento inocente. (Veja-se a conhecida passagem de Sl 24.4.)<br />

O vocábulo tem, na legislação acerca do hom em recém -casado, a noção de liberdade<br />

e/ou isenção de um a obrigação: “ficará ‘livre’ ído serviço m ilitar]” (Dt 24.5). Na<br />

proclam ação feita por Asa de que Ram á deveria ser desm ontada, ninguém ficou isento do<br />

trabalho (1 Rs 15.22). A palavra denota estar livre de escravidão em Gênesis 44.10, em<br />

que José advertiu: “A quele com quem se achar [o copo roubado] será m eu escravo, porém<br />

vós sereis inculpados [ou, estareis livres].” (O term o técnico que indica o estar livre de<br />

escravidão é hopshi.)<br />

Em outros casos o adjetivo transm ite a noção judicial de “inculpável”, “irrepreensível”,<br />

“inocente” (Jó 4.7; 27.14; passim ). O uso do vocábulo ju n to com “ju sto” tem um a<br />

força toda especial em Êxodo 23.7: "... não m atarás o inocente e o ju sto, porque não<br />

justificarei o ím pio.” Cf. a grande declaração acerca do caráter de Deus em term os<br />

sem elhantes em Êxodo 34.7. Há tam bém referências ao “sangue do inocente [dam<br />

hannãqi1” ou (na m aioria das vezes) ao “sangue inocente [dam nãqi]”, em que um a<br />

pessoa que nào tem nenhum a culpa é am eaçada de m orte (Dt 27.25; 1 Sm 19.5), ou em<br />

casos em que a vida delas é de fato tom ada (Dt 19.13; 2 Rs 21.16; 24.4; passim ). À s vezes<br />

não fica claro se o inocente está sendo am eaçado ou se foi m orto (Dt 19.10). (Q uanto à<br />

culpa de crim es de sangue, veja-se dãm .)<br />

nãqi, em contraste com tãhar, “ser puro”, não é um term o cultuai; por exem plo,<br />

jam ais é encontrado no livro de Levítico. As “m ãos lim pas” de Salm os 24.4 (ARA, “lim po<br />

de m ãos”) tratam de pureza ética e, por conseguinte, de absolvição judicial. A form a<br />

nom inal niqqãyôn talvez tenha um sentido cultuai em Salm os 26.6, em face da linha<br />

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