DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1356 (nãtar)
M iquéias 2.11, o particípio mattip (RSV, “pregador”; ARA, “profeta”) aparece com o sinônim o
de nãbi% o termo genérico designativo de profeta, nãtap aparece quatro outras vezes em
M iquéias 2 com o sentido de “profetizar” ou “pregar” (w . 6, 11). Neste contexto, porém,
parece que o verbo tem uma nuança de pouco caso para com M iquéias e seus colegas
profetas, deixando im plícita a idéia de “fala extravagante” (c f NEB) ou “tagarelice” (cf.
PIB). Em Am ós 7.16 nãtap é colocado em paralelo com o verbo nãbã' e, assim com o nas
passagens de M iquéias m encionadas acima, parece dar a conotação de que um profeta é
sim plesm ente alguém que “vive falando dem oradam ente” (c f NEB) contra o povo de Deus.
Em duas oportunidades o Senhor se dirige a Ezequiel e lhe diz para “deixar cair” (TB; ARA,
“derram ar”) a sua m ensagem contra o sul (20.46 [21.21) e contra os santuários (21.2 [7J).
No que parece ser um derivado de nãtap, em Jó 36.27, usa-se a raiz para indicar
um a gota de água.
nptipâ. A r r e c a d a , b rin co . Emprega-se este substantivo para designar brincos em form a
de gota (cf. nattafat, palavra árabe para brinco) em Juizes 8.26 e Isaías 3.19. Em hebraico
m oderno, usa-se nãtêp para referir-se a uvas que pendem de um cacho.
B ib lio g ra fia .: — DAHOOD, M., in: Psalm s II, p. 136-9. — GlRDLESTONE, R. B.,
Synonym s o fth e Old Testament, Eerdmans, 1956, p. 239-40. — GORDON, Cyrus H, U T 19:
n° 1 763 — ______, Ugaritic literature, Rome, Pontificai Bib. Institute, 1949.
M.R.W.
1356 ")DD (nãtar) cu id a r, g u a r d a r , reserv a r, m a n ter.
Term o Derivado
1356a tTnOQ (mattãrâ),
(mattãrã0 a lvo.
A raiz nãtar é, com freqüência, usada em contextos de agricultura para designar
aqueles que guardam ou tomam conta de vinhas (Ct 1.6; 8.11-12; c f Is 5.1-7 para uma
descrição do cuidado de um a vinha). Tam bém é usada no sentido de “guardar” (ou
“acum ular”) ira ou indignação. O Senhor “reserva indignação para os seus inim igos” (Na
1.2) e ao m esmo tem po prom ete não “conservar para sem pre a sua ira” (Sl 103.9; Jr 3.5,
12; cf. Am 1.11). Em Levítico 19.18, um versículo que Jesus considerou o âm ago da lei do
AT (c f M t 19.19; Mc 12.31), Israel recebe o mandamento: “N ão ... guardarás [nãtar] ira
contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próxim o com o a ti m esm o.”
mattãrâ, mattãrã’. A lvo, m a rca , g u a rd a . Este derivado às vezes significa “alvo” ou
“m arca”. Em seu sofrim ento Jó afirma figuradam ente que Deus o pôs por seu “alvo” (Jó
16.12). O escritor de Lam entações queixa-se de forma parecida, dizendo que Deus
“entesou o seu arco, e m e pôs com o alvo [m attãrã1 à flecha” (Lm 3.12). Em 1 Samuel
20.20 Jônatas diz: “Atirarei três flechas para aquela banda, com o quem atira ao alvo
[mattãrâ J.”
Na profecia de Jerem ias, mattãrâ é por vezes usado na expressão “pátio da prisão”
e “átrio da guarda”. Situado dentro da área do palácio de Zedequias (Jr 32.2), o pátio da
guarda era aparentem ente uma área aberta que serviu de paliçada para o confinam ento
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