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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1756 in a {pãhad)<br />

pãhad serve como um verbo de grande pavor, que enfatiza a am eaça im ediata ou o<br />

trem or resultante. O verbo pode referir-se ao tipo de medo provocado por um pahad,<br />

“pavor” (veja-se abaixo). A m aioria de suas ocorrências se dá em passagens poéticas, de<br />

form a que pode ser considerado um sinônimo poético m arcante de yã rã ’ (q.v.).<br />

pãhad refere-se a um a forte emoção de medo, tal como o medo dos príncipes ao ouvir<br />

a leitu ra do rolo de Jerem ias (Jr 36.16; lit., “tem eram para um ao outro”) e ao medo de<br />

pecadores diante do juízo divino (Is 33.14). E usado apropriadam ente em contextos que<br />

se referem a idéias tais como as de estrem ecer e trem er (e.g., Is 19.16; 33.14; Jr 33.9). (A<br />

classificação em pregada nessa análise aproxima-se um pouco daquela usada em referência<br />

ao verbo yã rã ’).<br />

No entanto, em alguns contextos, parece que o significado específico de pãhad não<br />

é tão relevante como o desejo de em pregar um sinônimo apropriado num contexto poético.<br />

E sse verbo ocorre muito raram ente em prosa.<br />

Conquanto os versículos citados acim a mostrem pãhad sendo empregado para<br />

referir-se à emoção do medo, não existem exemplos claros de uso desse verbo em que a<br />

proxim idade do medo se perca de vista. A ssim sendo, ao contrário de yã rã ’, o verbo não<br />

é usado para designar a apreensão abstrata e intelectual do m al.<br />

Pode ter o sentido de respeito ou reverência: Salm os 119 .16 1 fala de D avi estar<br />

reverentem ente diante da palavra de Deus (cf. tam bém Pv 28.14). O “medo” de O séias 3.5<br />

é provavelm ente esse tipo de reverência (ARA, “trem endo”). Ao contrário de yã rã ’, não é<br />

empregado para designar a vida piedosa nem a adoração religiosa formal.<br />

pãhad ocorre duas vezes no piei (Is 51.13; Pv 28.14). Em ambos os casos o piei<br />

provavelm ente possui um sentido iterativo, particularm ente à luz dos advérbios iterativos<br />

existentes nesses dois contextos (“continuam ente” e “sem pre” [lit.]). Provérbios 28.14 é<br />

outro caso desse verbo com o significado de ‘V enerar”, “reverenciar”.<br />

O hifil é empregado um a vez (Jó 4.14) com sentido causativo, i.e., “fazer estrem ecer”<br />

(IBB).<br />

pahad. Pavor, medo, terror, pânico. O vocábulo pode referir-se a um a forte sensação<br />

de medo ou pavor ou à fonte externa (pessoa ou coisa) que provoca o pavor.<br />

Exem plos claros do substantivo pahad com o sentido de emoção de pavor são o terror<br />

existente nos corações dos inimigos dos judeus em Deuteronômio 2.25 e o “espanto” de Jó<br />

4.14.<br />

Um m aior número de textos bíblicos em prega o termo para designar pavor externo<br />

ou um objeto de medo. O salm ista tornou-se um “horror” para aqueles que o conheciam<br />

(Sl 3 1 .1 1 [12]). Em outros contextos, paralelos poéticos indicam que o pahad é um perigo<br />

externo com parável à cova e à arm adilha (e.g., Is 24.17-18; Jr 48.43). Em Isaías 2.10, o<br />

“terror” do Senhor é algo externo do qual é possível se esconder; nessa passagem “terror”<br />

pode referir-se ao aspecto aterrorizante da glória revelada de Deus. Ao que parece, as<br />

arm as dos guarda-costas de Salomão eram m ais bem utilizadas contra fontes externas e<br />

noturnas de pavor (Ct 3.8; BJ, “‘surpresas’ noturnas”; ARA, “tem ores”) do que contra um a<br />

emoção. Salm os 91.5 provavelm ente refere-se a algo sem elhante, se não a um pavor<br />

noturno idêntico. O “pânico repentino” (RSV) de Provérbios 3.25 pode ser m ais bem<br />

entendido como um a referência a um pavor externo. Sem elhantem ente, em Salm os 53.5<br />

[6] (cf. tam bém Sl 14.5) “tomam-se de grande pavor” talvez signifique “tem em pavores<br />

[externos]”. Deus, na condição de objeto externo de pavor, está sendo indicado na<br />

expressão “Tem or de Isaque” (cf. a sugestão “O Tem ível de Isaque”, proposta por E. A.<br />

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