DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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assunto baseada nas fontes, veja as obras intituladas Treaty o f the great king (Grand
Rapids, 1963) e By oath consigned (Grand Rapids, 1967), de M. G. Kline. Kline mostra
que o tratado de suserania encontrado no antigo Oriente Próximo é a chave para a
compreensão da forma de aliança de Deus com o antigo Israel. Ele sustenta que os Dez
Mandamentos, todo o livro de Deuteronomio e textos como Josué 24 estão todos baseados
em um modelo de aliança que contém: 1) um preâmbulo no qual o suserano é identificado;
2) um prólogo histórico que descreve a relação anterior entre as partes; 3) as condições
e as exigências do suserano; 4) juramento de lealdade acompanhado de maldições e
bênçãos, isto é, a ratificação da aliança; 5) testemunhas e direcionamento para que se
cumpra o acordo (veja treaty o f the great king, p. 14, 28). Acrescentada às condições, pode
haver uma cláusula em prol da preservação e da releitura regular da aliança.
A idéia de que não existia aliança entre Deus e o homem nos estágios iniciais da
história israelita, conforme apresentada em Gênesis e Exodo, nào pode mais ser levada
a sério. O ponto de vista de que lavé era uma divindade tribal no antigo Israel, ligado ao
seu povo por vínculos naturais e não éticos, como exige uma aliança, também é um ponto
de vista que está declinando.
D. J. McCarthy alerta que o conceito de aliança do AT apresenta uma tradição
complexa e muito rica e que a aliança não é em primeiro plano legalista ou moralista, mas
sim cultuai, isto é, vinculada à prática religiosa. Ele vê outras analogias além da forma
do tratado como importantes, especialmente a analogia da família — o relacionamento
entre pai e filho na Aliança Davídica (2 Sm 7) e o relacionamento entre marido e mulher
em Oséias. A teologia da aliança que coloca toda a revelação bíblica na estrutura da
aliança tem agora o apoio de especialistas do AT como W. Eichrodt, que tom a o conceito
de aliança o tema central e unificador do AT (Theology o f the Old Testament, Londres,
19ti7, cf. também PAYNE, J. Barton, The Theology of the Older Testament). Eichrodt acha
que o conceito de aliança prova que a religião de Israel era histórica, isto é, não- a
imaginação das gerações posteriores. Isto também deu a Israel grande segurança em um
Deus bondoso em uma época em que as divindades eram consideradas originadoras
arbitrárias do mal. Alguns eruditos sustentam que a b"rit era algumas vezes parcial,
sendo uma promessa incondicional por uma das partes. Este ponto de vista é contrariado
por Eichrodt e Kline, embora seja defendido por J. Begrich (ZAW, 60: 1-11) e Murray (The
couenant o f grace, Londres, 1954). Kline defende que todas as alianças divino-humanas
no AT acarretam em um compromisso de obediência sancionado e selado. A lei e os
aspectos da promessa da aliança de Deus com o seu povo não se violam mutuamente.
Deuteronomio 29.13, 14 mostra que a *\liança Sinaítica era uma extensão da Aliança
Abraâmica, sendo que ambas são chamadas aqui de “aliança com juramento”. A renovação
do Sinai apenas enfatizou a responsabilidade humana onde a Aliança Abraâmica
enfatizava a promessa de Deus. Muitos concordam com Hillers (Couenant, p. 129-31) em
que a tradição da aliança (tratado) aparece nos escritos dos profetas no modelo conhecido
como litígio (ríò). Os profetas indiciam o povo como os que quebraram a aliança, às vezes
relacionando isto com o modelo de aliança, chamando os céus e a terra por testemunhas
cf. Is 1.2. 3.10-20; Jr 2.4-12; Mq 6.1-8; SI 50).
A AJiança Sacerdotal de Números 25.12, 13, a Aliança Davídica de 2 Samuel 7 e a
Nova Aliança de Jeremias 31.31 são todas aspectos administrativos da mesma aliança,
a Aliança da Graça ci