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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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518 **?nn (hãtal)<br />

Shamra, era adorado e considerado a morada de Baal.<br />

O AT usa montanhas com conotações teológicas de pelo menos quatro modos<br />

diferentes. Primeiro, o Senhor é maior que as montanhas; ele as estabelece (Sl 65.6(7];<br />

90.2), pesa (Is 40.12), quebra em pedaços (1 Rs 19.11; Hc 3.6), trilha e mói (Is 41.15),<br />

ateia-lhes fogo (Dt 32.22; Sl 83.14[15]; 104.32), derrete-as (Mq 1.4; Is 63.19) e as remove<br />

(Jó 9.5). Isaías retrata a vinda do Senhor e o retorno dos exilados de Israel sob o aspecto<br />

do nivelamento dos outeiros (Is 40.4; 45.2; 49.11).<br />

Segundo, as montanhas são símbolos de poder: Babilônia é chamada de montanha<br />

destruidora (Jr 51.25); a oposição a Zorobabel é comparada a uma montanha que se<br />

transformará numa planície (Zc 4.7), e o reino que durará por toda a eternidade é<br />

simbolicamente retratado como uma montanha que enche a terra (Dn 2.44).<br />

Terceiro, o Senhor dá ao seu povo um sentido de sua proximidade escolhendo montes<br />

para sua adoração e revelação. Moisés e Elias oram sobre uma montanha (Êx 17.9; 1 Rs<br />

18.42); bênçãos e maldições eram invocadas sobre os montes Ebal e Gerizim (Dt 11.27;<br />

27.12 e s., Js 8.33), a adoração é oferecida sobre vários montes (cf. Gn 22.2; Js 5.3; 1 Sm<br />

9.12 e s.; 1 Rs 3.4) e a arca foi colocada sobre um outeiro (1 Sm 7.1; 2 Sm 6.3).<br />

Acima de tudo e de todos, porém, o Senhor escolheu a Sinai e Sião como os lugares<br />

onde se revelaria. No monte Sinai a lei foi outorgada e o culto nacional estabelecido. Foi<br />

para Horebe que Elias fugiu e recebeu novos suprimentos de graça e poder. Em Sião ele<br />

colocou o seu nome, e o monte se tornou o lugar central e definitivo de adoração (Ex 15.17;<br />

Dt 12.1). Ali as tribos se reuniam para adorar (Sl 122; 133).<br />

Há no AT mais do que um indício de que a Sião terrena é apenas um símbolo daquilo<br />

que no NT se torna explicitamente a Jerusalém celestial. O “monte de Deus” em Salmos<br />

68.1 5 (1 6] é entendido por BDB e por Dahood (Psalms II, ab) como uma referência geral a<br />

uma alta montanha, mas, apesar disso, o quadro é o da subida triunfante de Deus e da<br />

montanha celestial (cf. E f 4 .8 -1 0 ). Nos últimos dias Sião será a exaltada fonte da lei de<br />

Deus e o centro de seu domínio, a Jerusalém celestial na terra (Is 2.2, 3; Mq 4 .1 , 2).<br />

Quarto, empregando a imagem das nações vizinhas, o AT denota a morada divina por<br />

referências à montanha do extremo norte (Sl 48.2). Em Isaías 14.12 e ss. e em Ezequiel<br />

28.11-19, os reis pagãos da Babilônia e de Tiro, respectivamente, são descritos como<br />

homens que buscam tornar-se deuses subindo à montanha mitológica dos deuses. Porém,<br />

como Foester observa corretamente: “A questão decisiva, porém, é que aqui o mito pagão<br />

é usado ironicamente em cânticos que zombam da queda dos reis pagãos”. Em outros<br />

lugares a mitologia pagã é deliberadamente colocada em segudo plano (TDNT, v. 5, p. 483).<br />

Alguns entendem que estes dois deuses são alusões a Satanás e vêem a montanha ao<br />

norte como um símbolo do céu.<br />

B ibliografia-: HAMLIN, E. John, The meaning ofm ountains and hills in Isa 41:14-16,<br />

JNES, 13:185-90. — TDNT v. 5, p. 479-83.<br />

B.K.W.<br />

518 ~ r~ 'hãtal) en g a n a r , zom b a r. Este verbo ocorre apenas uma vez, no piei (1<br />

Rs 18.27).<br />

518a (,hãtulím) zom b a ria , zom b a d o res (Jó 17.2, somente),<br />

n rr (hãtat). Veja o n.° 488.<br />

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