DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2357 =irç Csházap)
O cabeçalho de quatro salmos emprega a expressão “segundo o lírio” ou “sobre o lírio”
(lit., 45.1, 69.1). Dois deles empregam “os lírios do testem unho” como parte do cabeçalho
(60.1; 80.1). Essa referência obscura, que também deixou perplexos os tradutores da LXX,
é explicada pela maioria dos estudiosos como o título de uma m elodia com a qual se
cantava o salmo. E algum tipo de anotação musical. Quanto a outras notações do gênero,
veja-se selâ.
H.W.
2357 (sházap) e n x e r g a r , a v is ta r (Jó 20.9; Ct 1.6).
2358 *1727 (s h ã z a r ) s e r to rcid o , e s ta r to rcid o . Ocorre som ente no hofal (Êx 26.1, 31,
36; 39.24).
HÇ (shah). Veja o n? 2 361a.
2359 ~7ílO (shãhad) su b o rn a r, r e s g a ta r , p r e sen te a r .
Term o Derivado
2359a fin è? (s h õ h a d ) su b o rn o , p resen te .
O verbo é empregado apenas em Jó 6.22, em que Jó diz a seus amigos “porventura
disse eu: ‘Dai-me algo?’ ‘Resgatai-me com a vossa fortuna?*” (BJ), e em Ezequiel 16.33, “A
todas as meretrizes se dá a paga, mas tu ‘dás presentes* a todos os teus am antes”.
shõhad. S u b orn o, p r e s e n te , d á d iva , reco m p en sa , in cen tiv o. Pode-se com eçar com a
observação de que proibições de receber suborno (presumivelmente impostas aos juizes)
se encontram nos trechos legais do Pentateuco: Êxodo 23.8; Deuteronom io 16.19.
Conquanto os dois versículos comecem de modo semelhante, Deuteronomio 16.19 assim
term ina: “o suborno cega os olhos dos sábios [hãkãmim]”. Cf. Isaías 1.23; 5.23; Miquéias
3.11.
Caso o preço seja aceito, um suborno pode até mesmo produzir um assassino de
aluguel, que m atará uma pessoa inocente (Dt 27.25; Ez 22.12; Sl 26.10) ou no mínimo
perverterá o julgam ento (Pv 17.23).
Som ente aquele que desiste de uma violação tão flagrante da lei tanto moral quanto
criminal poderá perm anecer na presença de Deus: 2 Crônicas 19.7; Salm os 15.5; Isaías
33.15. O próprio Deus está acima de qualquer censura a respeito: Deuteronom io 10.17 (cf.
1 Pe 1.17).
Dada a cobiça do homem em todas as épocas e civilizações, é interessante que no AT
há m enção de apenas três casos de suborno (com uso da palavra shohad): os filhos de Eli
(1 Sm 8.3); os reis Asa e Ben-Hadade (1 Rs 15.19); e os reis Acaz e Tiglate-Pileser (2 Rs
16.8).
Uma vez mais se vê o caráter único do AT em contraste com as nações pagãs. Em seu
estudo de textos mesopotâmicos, Finkelstein pôde afirm ar que “nos textos cuneiform es não
há nenhuma lei conhecida que proíba especificamente o suborno” (p. 79) e que o suborno
1542