DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2319 (sh ãba*)
sabáticos devidos a ele pelos anteriores 70 períodos de sete anos (Dn 9.2; Jr 25.12; cf. 2
Cr 36.21). Exatam ente quando Daniel está, em oração, abordando o assunto, o anjo
Gabriel aparece e o inform a de que a restauração de Israel não term inará senão depois
de o povo de Deus passar por outros 70 períodos-de-sete, shãbüa* (Dn 9.24 e ss.)! Observese
tam bém a clara referência em Daniel 12.11 à m etade do último período de sete de
D aniel (9.27); são 1290 dias, aproxim adam ente três anos e meio. De m odo que nessa
passagem o vocábulo designa “período de sete anos”
Tam bém em prega-se shãbüa1com o term o técnico em Deuteronôm io 16.10, 16, em que
denota a festa das sem anas (hag shãbü ’ôt), ou seja, a festa dos períodos de sete. Os
judeus norte-am ericanos ainda denom inam esta festa de Shãvüõs, mas hoje em dia a
pronúncia israelense é Shãuüõt. A festa recebeu esse nom e por ser com em orada no “dia
im ediato” ao sétim o sábado depois do dia das prim ícias (Lv 23.15-16)! Era, portanto, a
festa do dia seguinte aos sete períodos de sete, também denom inada festa do ham íshim
y ô m , ou seja, festa dos 50 dias — é esse o sentido da palavra Pentecostes, que vem do
grego. Essa festa assinalava o início da colheita do trigo, por volta do dia seis do m ês de
sivã, no final do nosso mês de maio.
Os cristãos se lem bram de Pentecostes com o o dia em que o Espírito Santo foi
derram ado em abundância (At 2). Pelo fato de Cristo ter sido as “prim ícias” (1 Co 15.20,
23), m uitos tam bém vêem neste hag shãbüa', festa das sem anas, um quadro da
ressurreição futura de todos os redimidos.
G.G.C.
2319 VZtà (shãba*) ju r a r , c o n ju ra r .
Term o Derivado
2319a tninDÇ (sh‘ bü*â), niDÇ (sh'bu'â) ju r a m e n to .
shába‘ ocorre 184 vezes no AT. E em pregado principalm ente nos graus nifal e hifil
(ocorre só uma vez no qal, em Ez 21.28). No nifal reflete-se a ênfase reflexiva
característica desse grau, havendo aí a idéia de “prender-se a um juram ento” (e.g., Gn
26.3, “jurei a A braão” flit.l, i.e., “com prom eti-m e por m eio de um juram ento com A braão”).
Em 32 casos usa-se shaba* no hifil com a típica idéia causativa desse grau, ou seja, “fazer
alguém ju ra r” (e.g., 1 Rs 2.42, “não te fiz eu jurar...?”).
Fica aparente que o verbo shaba*, “ju rar”, é idêntico nas consoantes da raiz ao
vocábulo sheba*, “sete”. E idêntico, é claro, à form a fem inina desse adjetivo — na form a
m asculina acrescenta-se uma quarta letra, h — e é na form a fem inina que o hebraico
conta seus núm eros cardinais! (Outra abordagem é entender shib‘a com o forma fem inina
em bora seja em pregado ju n to de substantivos m asculinos e sheba‘ com o form a m asculina
usada com substantivos fem ininos. R.L.H.]
N ão é som ente o verbo hebraico shãba', “ju rar”, que é idêntico, no texto não
vocalizado, a sheba*, “sete”, mas também o incidente relatado em G ênesis 21.22-34 e
ocorrido por volta de 2000 a.C. sugere um relacionam ento entre as duas palavras. N essa
passagem Abim eleque deseja que Abraão jure que agirá corretam ente, ao passo que
Abraão, por sua vez, exige que Abim eleque jure que o poço d’água pertence ao patriarca.
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