DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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emprestar era um sinal de benevolência e retidão (Sl 112.5). Às vezes a expectaliva ou
obrigação de pagar o empréstimo podiam ser tão improváveis ou impróprios que
“emprestar” quase se torna sinônimo de “dar” (Pv 19.17; observe-se também “emprestar”
e “dar” como paralelos em Sl 37.21, 26).
A penúria ou pobreza, que levam a pedir emprestado, indicam a ausência da bênção
de Deus (Dt 28.44), ao passo que a capacidade de conceder um empréstimo caracteriza
uma prosperidade vinda de Deus (Dt 28.12). A futilidade dos ímpios se vê no fato de que
não pagam os seus empréstimos (Sl 37.21). As Escrituras observam, finalmente, que quem
toma emprestado é escravo daquele que empresta (Pv 22.7).
B ib lio g ra fia : — Loans. In: Jewish Encyclopedia.
A.B.
1089 m*7 (Iwh). III. A c e ita co m o ra iz de:
1089a rr/p (liwyâ), iT*? (lõyâ) d ia d em a. Ocorre somente na frase liwyat hén,
referindo-se à instrução recebida dos pais (Pv 1.9) e à obra da Sabedoria (Pv
4.9).
1089b t|JT1? (liwyãtãn) g ra n d e a n im a l a qu á tico. Pode ser crocodilo (Jó
41.1), serpente (Is 27.1; a ARA traz “dragão”, tendo como aposto a palavra
“serpente”, que é tradução de outra palavra hebraica, nãhãsh) ou monstro
marinho (Sl 104.26), palavra vertida por muitas traduções como “leviatã”.
A palavra liwyãtãn aparece seis vezes no AT, quer como um animal literal, quer
como um símbolo do Egito (Sl 74.14), quer como um símbolo da humanidade pecadora em
geral (Is 27.1).
Derivado de uma raiz confirmada árabe, Iwy, “torcer” (cf liwyâ, “diadema”, Pv 1.9),
liwyãtãn reflete-se no ugarítico Itn, um monstro denominado Lotan. N a Bíblia, porém,
aparece somente junto de outros animais: nãhãsh, “serpente” (Is 27.1), e tannin,
“monstros marinhos” (Sl 74.13-14).
Yahweh intimidou Jó, confrontando-o com sua criatura invencível, o liwyãtãn (Jó
41.1 e ss. [40.25 e ss.]). Sem sombra de dúvida esse é o crocodilo do Nilo, com couraça de
escamas (w . 7, 15-17 [40.31; 41.7-9]), dentes terríveis (v. 14 [6]) e agilidade para nadar
v. 32 [24]), descrito de forma poética (“cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz,
... da sua boca sai chama”, w . 18-21 [10-13]), mas não mitológica. Seguem-se outras
comparações hiperbólicas: “arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar;
as profundezas faz ferver como uma panela” (w . 30-31 [22-23]). No Saltério (cf rahab
[q.v.] em Is 51.9-10) a força do crocodilo torna-se um símbolo natural para as tropas do
Egito, derrotadas pelo Senhor no mar Vermelho:
Tu, com o teu poder, dividiste o mar...
Espedaçaste as cabeças do crocodilo [liwyãtãn],
e o deste por alimento às alimárias do deserto (Sl 74.13-14).
Talvez aqui liwyãtãn refira-se aos cadáveres dos soldados egípcios que foram devolvidos
à praia diante de Israel (Êx 14.30).
Em outra passagem o liwyãtãn nada no “mar vasto, imenso”, uma criatura que
^íbrmaste para nele [no mar] folgar” (Sl 104.25-26), presumivelmente uma baleia ou
zolfinho do Mediterrâneo (NBD, p. 729). No entanto, ao contrário dos animais hostis
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