DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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teve equivalente na antigüidade. Demonstrou-se em tempos modernos que a prática é de
valor higiênico, mas em nenhum lugar do A T se menciona esse aspecto.
Uma vez que a prática simbolizava a aliança entre Deus e Abraão e seus
descendentes, é nos vários aspectos dessa aliança que tem origem o significado espiritual
da circuncisão. Para aqueles que, no AT, levavam-na a sério, ela era o sinal de submissão
à vontade soberana de Deus. Como ocorre com freqüência com simbolismos religiosos,
depois de algum tempo os hebreus passaram a usar esse sinal de profunda realidade
espiritual como um fim em si e erroneamente interpretaram que a circuncisão proporcionaria
entrada automática no reino de Deus.
Os profetas tomavam consciência dessa perversão e pregavam contra a mera
circuncisão da carne, ou seja, a circuncisão que não é acompanhada de uma fé viva.
Jeremias falou da circuncisão do coração. Ele disse: “Circuncidai-vos para o SEN H O R ,
circuncidai o vosso coração, ó homens de Judá” (Jr 4.4). Mas muito antes de Jeremias o
povo havia sido advertido deste perigo. Na verdade Jeremias estava citando Deuteronomio
10.16. O uso do verbo em Deuteronomio 30.6 comprova a afirmação acima, a saber, de que
a circuncisão simbolizava a realidade espiritual mais profunda da religião hebraica. O
versículo diz: “O SE N H O R teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua
descendência, para amares ao SE N H O R teu Deus de todo o coração e de toda a tua alma,
para que vivas.” Em Mateus 22.36-40 nosso Senhor instruiu os fariseus de que este era
realmente o maior dos mandamentos e a somatória e a essência de toda a lei e os
profetas. O versículo de Deuteronomio ensina claramente que a verdadeira circuncisão era
obra de Deus no coração humano — a vida espiritual que Deus cria em seu povo. E
exatamente esse o ensino do apóstolo Paulo em Colossenses 2.11, onde, ao falar da
divindade de Cristo, ele diz: “Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de
mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo.” (C f também
Rm 2.28-29 e 4.9-12.) Pelo fato de tanto o batismo quanto a circuncisão simbolizarem a
obra regeneradora de Deus, que sempre incluía purificação do pecado e o amor a Deus,
alguns segmentos da Igreja batizam seus recém-nascidos da mesma forma que Deus mandou
os santos do AT circuncidarem os seus. Outros cristãos não enfatizam esta analogia
e, desse modo, batizam apenas aqueles que professam a fé em Cristo depois de atingirem
a idade do entendimento.
m ülâ. C ir c u n c is ã o . Este substantivo é usado apenas uma vez, em Êxodo 4.26, onde,
devido à circuncisão do filho, Zípora acusou Moisés de ser um esposo sanguinário. O
contexto deixa bem clara a importância que Deus atribuía à circuncisão como um sinal
da aliança de Deus com seu povo. Até mesmo o legislador Moisés não tinha o direito de
negligenciar a circuncisão de seu filho. Agir assim era o mesmo que negar a aliança.
B ib lio g r a fia .: — TDNT. v. 6, pp. 73-81.
E.B.S.
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2 0 ^ (m úsãb). Veja o n? 1 455b.
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(m üsãk). Veja o n? 1 492b.
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