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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2513 (tll)<br />

atestada somente em Deuteronomio 28.66; Oséias 11.7; 2 Samuel 21.12 (nesta última<br />

passagem o verbo aparece no qerê), enquanto a forma principal, tãlâ, é encontrada 28<br />

vezes (caso se inclua o kethib em 2 Sm 21.12).<br />

Basicamente o verbo significa “pendurar”, seja um utensílio numa estaca (Is 22.24;<br />

Ez 15.3), armas numa parede (Ez 27.10 e s., ambos no piei; Ct 4.4) ou uma lira numa<br />

árvore (Sl 137.2). É surpreendente que Jó 26.7 descreva o mundo então conhecido como<br />

suspenso no espaço, dessa forma antecipando descobertas científicas futuras, quando<br />

afirma que Deus “ faz pairar’ a terra sobre o nada”. Outros exemplos (mais repulsivos) do<br />

verbo podem ser vistos em Lamentações 5.12 (nifal); 2 Samuel 4.12; 18.10.<br />

Na maioria das vezes emprega-se tãlâ em referência ã execução de alguém ou à<br />

exposição pública do cadáver após a execução. Uma vez que Heródoto (História, 3.159) dá<br />

a entender que a empalação era um método comum de execução na Pérsia (veja-se<br />

também Ed 6.11), é possível que a expressão tãlâ 4al ‘êts, tradicionalmente traduzida por<br />

“pendurar/enforcar numa forca/árvore”, na verdade signifique “empalar numa estaca”,<br />

especialmente em Ester (cf. particularmente a LXX, que emprega stauroõ, “empalar”,<br />

crucificar , para traduzir tãlâ em Et 7.9). A mesma idéia está implícita em Gênesis<br />

40.19, 22; 41.3, passagens que refletem uma prática egípcia. Um sentido um tanto quanto<br />

parecido aparece em Lamentações 5.12, que é reflexo de práticas mesopotâmicas. De uma<br />

forma ou de outra, não há provas de que nesses contextos se usasse a execução por<br />

enforcamento, ao passo que altos-relevos encontrados na Assíria e datados da época da<br />

monarquia hebréia freqüentemente apresentam cadáveres pendurados em estacas nas<br />

quais haviam sido empalados. Caso essa interpretação esteja correta, Deuteronomio 21.22<br />

e s. assume clareza maior: “Se um homem, culpado de um crime que merece a pena de<br />

morte, é morto e suspenso numa árvore, seu cadáver não poderá permanecer na árvore<br />

à noite; tu o sepultarás no mesmo dia, pois o que for suspenso é um maldito de Deus.”<br />

[Essa passagem, no entanto, pode estar mostrando que o método utilizado em Israel para<br />

a execução de criminosos era diferente do de seus vizinhos pagãos. Enquanto estes<br />

executavam o ofensor mediante enforcamento ou empalação, Israel apedrejava-o e davalhe<br />

o castigo adicional de pendurar/empalar o seu corpo (2 Sm 4.12; Flávio JOSEFO,<br />

Antigüidades 4.202; cf. Js 10.26; 8.29). Uma vez que essa pena adicional demonstrava que<br />

a vítima era maldita pelo Senhor, o corpo tinha de ser enterrado até a noite a fim de não<br />

contaminar a terra bendita. B.K.W.] Essa passagem famosa, mencionada no comentário de<br />

Naum encontrado na caverna IV de Qumran (veja-se J. M. ALLEGRO, JBL 75:91), também<br />

é mencionada em Atos 5.30; 10.39, e citada em parte em Gálatas 3.13. Em todas as três<br />

passagens do NT o assunto é a crucificação de Jesus Cristo, sendo que a empalação do AT<br />

se dava provavelmente na estaca vertical e única, denominada crux simplex, ao passo que<br />

nosso Senhor foi crucificado muito provavelmente no infame poste com trave cruzada, com<br />

que todos estamos bastante familiarizados, denominado crux immissa (veja-se IRINEU,<br />

Contra heresias, 2.24.4). Isso dava espaço para que, acima de sua cabeça, fosse pregada<br />

a epígrafe (Mt 27.37; Lc 23.38). Ainda mais significativo foi que, ao ser pendurado num<br />

madeiro, ele levou a maldição divina em nosso lugar.<br />

R.F.Y.<br />

(tãlül). Veja on!2 513b.<br />

2513 (tll). I. A ceita com o raiz de:<br />

1642

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