DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1990 tfHp (qãdash)
d ã ’ab, que diz respeito à atitude íntima; 'ãnâ, bãkâ e 'ãnah, que se referem aos sons
emitidos de pranto; sãpad e ’ãbal, que designam a observância dos rituais de lamento
em geral.
Emprega-se a raiz em contextos de juízo, em que os céus e os corpos celestes são
enegrecidos (Jr 4.28). Existe claramente um sentido de lamento em tais contextos. Por
conseguinte, associa-se o grande e terrível dia do Senhor com pranto por parte dos corpos
celestes (J1 2.10). Esse dia, por sua vez, está diretamente relacionado com o eschaton —
como ocorre com o escurecimento dos corpos celestes (J1 3.15 [4.15]). [Conzelmann
acertadamente assinala que no antigo Oriente Médio luz e trevas eram consideradas como
muito importantes para a vida, o pensamento e a religião (TDNT, v. 7, p. 427). Trevas
denotam todo o conjunto de sentidos daquilo que é prejudicial ou maligno. A raiz em
questão associa trevas com tristeza — uma associação que não se limita ao antigo Oriente
Médio. Sobre essa passagem Conzelmann diz: “Aqui o sentido da palavra já não é mais
figurado, mas literal” (ibid., p. 430). Quanto ao escurecimento escatológico, vejam-se Isaías
13.10; Joel 2.30-31 [3.3-4]; 3.15 [4.15] (At 2.20); Sofonias 1.15; Apocalipse 6.12, 17; 8.12.
Mas a despeito de seu aspecto ameaçador, as trevas são apenas uma penúltima entidade
junto a Deus. B.K.W.]
Em meio à opressão Davi confessa que está pranteando, i.e., num sentido objetivo e
perceptível: ele estava vestido de luto, sujo e sem que alguém cuidasse dele (KB). Jeremias
chega ao ponto de prantear por seu povo em vista do juízo que se avizinhava (8.21).
Jó 5.11 parece atestar a permutabilidade dos fonemas d/r (cf. o acadiano qadãdu).
B ib lio g r a fia :— DELEKAT, L. Zum hebrãischen Wõrterbuch. VT 14:7-66.
L.J.C.
n m p (qadrüt). Veja o n? 1 989a.
(qedõranit). Veja o n? 1 989b.
1990 (qãdash) s e r co n sa g ra d o , s e r sa n to, s e r s a n tific a d o ; c o n s a g r a r ,
s a n tific a r , p r e p a r a r , d ed ica r. Verbo denominativo.
Substantivo de Origem
1990a t^np (qõdesh) c o n s a g r a ç ã o , sa n tid a d e, q u a lid a d e d e sa g ra d o .
1990b ttZ^np (qãdôsh) sa g ra d o , sa n to, o S anto.
1990c tt£np (qãdêsh) p r o s titu to c u ltu a i (Dt 23.18; 2 Rs 23.7).
1990d tíiHp (qedesh) Q ued es.
1990e t£Hp (qãdêsh) C ades.
1990f tí£R pÇ (miqdãsh) lu g a r sa n to, sa n tu á rio .
O verbo qãdash tem, no qal, a conotação de estado daquilo que pertence à esfera do
que é sagrado. Desse modo, distingue-se do que é comum ou profano. No piei e no hifil
tem a idéia do ato pelo qual se efetua essa distinção. E um verbo denominativo.
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