DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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ou variações destas. Por exemplo, “dar” pode indicar qualquer ação, desde a ação de
entregar fisicam ente um presente, uma recompensa, uma pessoa ou um documento, até
as idéias menos tangíveis de conceder ou outorgar bênção, compaixão, perm issão e coisas
sem elhantes. Objetos inanimados e animais também podem “dar” — árvores ou terras
“produzem ” frutos; aves, leões e nuvens “produzem” seus sons correspondentes; até m esmo
o vinho “resplandecev no copo (lit., “dá o seu olho”). O próprio Deus é, com freqüência, o
doador de chuva (Lv 26.4, Dt 11.14), de pasto para o gado (Dt 11.15), e tam bém é quem
preserva a vida (com o um prêmio de guerra, Jr 45.5) ou envia a praga de chuva de pedras
sobre o Egito (Êx 9.23). O sinônimo pouco freqüente yãhab significa “dar”, mas também
tem a conotação de “colocar”, “pôr”, quando se refere às ordens de Davi acerca de Urias
(2 Sm 11.15). Em hebraico esse verbo yãhab é usado apenas no im perativo do qal, mas
em aramaico é em pregado em várias formas e graus.
N o sentido de “pôr”, “colocar”, “nomear”, nãtan está num paralelo bem próxim o de
sim e shtt. Esta ação de “colocar” pode ser literal, com o quando se põe um anel na mão,
um capacete na cabeça ou um prisioneiro no tronco. É em pregado com essa conotação em
Deuteronôm io 15.17. para indicar a ação de perfurar a orelha na porta com um a sovela.
prendendo assim a orelha temporariamente na porta. Outros usos figurados incluem Deus
pondo seu espírito “sobre” o Servo (Is 42.1), lançar censuras sobre o povo pecador (Jr
23.40), lançar maldições sobre inimigos (Dt 30.7) e colocar sua majestade nos céus (Sl 8.1
[2]). Tam bém há o sentido de impor o tributo do templo (Ne 10.32 [331) e de sitiar uma
cidade (m odelo; Ez 4.2).
Quanto ao terceiro uso deste verbo versátil, Isaías 3.4 fala de constituir meninos
com o príncipes, Êxodo 23.27, de inimigos darem as costas, e Jerem ias 9.10 [101, de fazer
de Jerusalém um montão de ruínas.
n 'tin im . N e tin in s, s erv id o res d o tem p lo. A ARA traduz por “servidores do tem plo”; a
IBB translitera “netinins”, e dá, como nota de rodapé, “servidores do tem plo”. O significado
é, provavelmente, o de “aqueles que foram dados” (para o serviço do santuário).
Na LXX netinim é traduzido literalmente, “os [que foram] entregues”, mas Josefo
utilizou um termo grego que significa 'escravos sagrados”. Que eles eram bastante
num erosos se vê no fato de que ajudaram a formar um grupo de 392 servos que
acom panharam Zorobabel até Jerusalém em 538 a.C. (Ed 2.58) e, posteriormente, a
pedido de Esdras, 220 deles acompanharam 38 levitas que partiram da colônia judaica
em Casifia rumo a Jerusalém (Ed 8.16-20). Embora, conforme se mencionou acima, se
fizesse uma cuidadosa distinção entre netinins e levitas (sendo aqueles, muito
provavelm ente, estrangeiros que foram incorporados à congregação de Israel), Esdras 7.24
m ostra que os netinins também desfrutavam da isenção de im postos concedida a todos os
sacerdotes e levitas.
O fato de viverem num bairro especial em Ofel, perto da Porta das Águas, que dava
para a fonte de Giom, talvez indique que eles transportavam água, morro acima, até o
templo (Ne 3.26). Entretanto, nem todos os netinins de Jerusalém moravam naquela área
(cf Ne 3.31), e ainda outros viviam em outras cidades, provavelmente cidades dos levitas
(Ne 7.72).
O termo rftíním é uma variante de n'tünim , que se referia aos levitas com o os que
foram “entregues” (tanto por Deus quanto pelos israelitas) para o serviço do tabernáculo
(Nm 3.9; 8.16,19). Entretanto, houve uma mudança não apenas na vocalização da palavra
(aparentem ente uma simples questão de harm onizar vogais na enunciação com um da
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