DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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im ponha obrigações legais (2 Rs 10.15). Nem sem pre é possível saber com certeza se o
cam inho “reto" (Jr 31.9) deve ser entendido no sentido ético de um estilo de vida ou então
literalm ente. Certam ente os substantivos que significam “retidão” são usados para
designar um a qualidade m oral do coração (yõsher, Dt 9.5; 1 Rs 9.4), com o m uitas vezes
em Provérbios (2.13; 4.11) que resulta em “veredas da retidão”, isto é, veredas retas tanto
m oral quanto praticam ente (Jó 33.23). Essa era um a característica da vida de D avi (1 Rs
3.6, y esh ãrá, som ente nesta passagem ). O vocábulo designa palavras quer faladas (Jó
6.25) quer escritas (Ec 12.10).
3. Com o um a expressão idiom ática com “olhos”. “Parecer ju sto [ARA, ‘bem ’Jaos olhos
de (alguém )” é ter a aprovação desse alguém m ediante a obediência aos seus
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m andam entos. E usada com referência a Deus (Nm 23.27; Jr 27.5), talvez inclusive na
ilustração do O leiro (Jr 18.4). Quando Sansão (Jz 14.3, 7), Saul e Davi (1 Sm 18.26) assim
se expressaram com referência ao casam ento, pode-se traduzir a expressão com o
“legalm ente válido”, significado tam bém existente em ugarítico (yshr, Van Zijl, A lter
O rient und A ltes Testam ent 10:83). O m esm o sentido ocorre quando um tratado (2 Sm
17.4) ou ação religiosa (2 C r 30.4) era ratificado por um a assem bléia.
A frase m ais com pleta “fazer o que é reto \hayyãshãr\ diante dos olhos do SENHOR”
está ligada à obediência a suas ordens (Êx 15.26; Dt 6.17-18) e aliança (Dt 12.28; 13.19).
É com um ente em pregada pelo historiador denom inado deuteronom ista na avaliação
resum ida que faz dos reinados dos reis de Israel e Judá. Dessa m aneira, diz-se que Davi
seguiu as ordens do Senhor (1 Rs 15.5-7) e a lei de M oisés (1 Rs 14.8), com o tam bém
procedeu Salom ão ao seguir os estatutos de seu pai, que eram os m esm os que os do
S enhor (1 Rs 3.3, 14). Asa (1 Rs 15.11; 2 C r 14.1) e Josias (2 Rs 22.2) foram sem elhantem
ente descritos com o reis que fizeram o que era reto. E Josafá fez o m esm o que Asa (2
C r 20.32); Azarias o m esm o que Am azias (2 Rs 15.3; cf. 2 C r 25.2); e Am azias o m esm o
que Joás (2 Rs 14.3). Ezequias fez o que era reto pelo fato de que guardou os
m andam entos que o Senhor havia ordenado a M oisés (2 Rs 18.6). O bserve-se que essa
frase deixa im plícitos a existência e o conhecim ento da lei de D eus e que entendia-se que
cada rei devia guardá-los. Isto acontecia quando o rei tom ava providências (as
denom inadas reform as) para assegurar que o povo tam bém guardasse a Lei. Tais
providências caracterizavam -se por decretos públicos que podiam incluir rem issão de
débitos, libertação de legislação opressiva (Js 9.23 ss.) e observância de festas religiosas
(Páscoa). M esm o quando se dizia que um rei fizera o que era reto, claram ente se
assinalava qualquer om issão mais im portante em endossar a totalidade da lei (“tãosom
ente não ...”). No caso de Ezequias, a providência pública tom ada com eçou no prim eiro
ano com pleto de seu reinado. “Ele fez o que era reto perante o SENHOR” (2 Cr 29.2) e,
nesse afa, expediu um a série de ordens para que se obedecesse à lei de M oisés (2 Cr
31.20, 21). Já se assinalou que existia um a prática parecida entre os reis da M esopotám ia,
que convalidavam a lei e as regras vigentes m ediante a edição de m êsha.rum , “decretos”
(WlSEMAN, D. J. The laws o f H am m urabi again. JSS 7:167-8). N esta frase, o AT em prega
yã sh á r com a idéia de obediência à lei, de agir justam ente de acordo com a lei, a qual era
a norm a (da m esm a form a com o o acadiano ishartu é em pregado para designar aquilo que
é norm al na escrita).
m is h ô r .L u g a r p la n o , r e tid ã o , m ê s h ã r .R e tid ã o , h o n e s tid a d e (n o g o v e r n o ), ju s t iç a ,
m êshãrim e m ishôr bem podem ser traduzidas com o “ju stam ente” (isto é, com ju stiça) ou
“legitim am ente” (com o no texto ugarítico ‘A nat 3.3) e descrevem a m aneira com o se
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