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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1294 ^ (nãgap)<br />

Term os Derivados<br />

1294a (negep) g o lp e , p r a g a .<br />

1294b tnSSD (maggêpâ) g o lp e , p e s te .<br />

Esta raiz indica um golpe, em geral aplicado por Deus, fatal ou calam itoso. Quanto<br />

a sinônim os, veja-se nãga‘. Observem -se tam bém as palavras paralelas deste verbo:<br />

kãtat, “esm agar”, “m oer” (Sl 89.23 [241), e seus efeitos, nus, “fugir” (Lv 26.17), mut,<br />

“m orrer” (2 C r 13.20), ’ãnash, “ficar doente” (2 Sm 12.15). O verbo ocorre 48 vezes.<br />

Em prega-se o verbo em Êxodo 21.22 para designar um a pancada dada com dolo e<br />

capaz de provocar a morte (v. 35). Se um golpe destes acidentalm ente atingir uma m ulher<br />

grávida, provocando um nascim ento prem aturo e não um aborto, não há aplicação da pena<br />

de m orte (MM). Esta interpretação é fortalecida pela proxim idade das frases “fazerem seu<br />

filho sair” (lit.; ARA, “forem causa de que aborte”) e “e sem haver nenhum acidente que<br />

im plique m orte” (lit.; cf. KB, palavra em pregada em Gn 42.4 para designar morte<br />

acidental; ARA, “porém sem m aior dano”), e tam bém pelos versículos 23-25. Veja-se a NIV,<br />

“e ela der à luz prem aturam ente”, e a nota de rodapé, “Ou. ‘e ela abortar'”. Este é um<br />

versículo proem inente no ensino bíblico acerca do aborto.<br />

Em algum as passagens a raiz designa a ação de dar uma pancada dura com os pés<br />

nas pedras. A sabedoria leva a pessoa a andar em segurança (Pv 3.23). Aliás, Deus<br />

prom ete ajuda angelical para proteger os piedosos (Sl 91.12). A infiel Judá é conclam ada<br />

ao arrependim ento por meio da am eaça do exílio que os profetas descreveram com o um<br />

constante “tropeçar ... nos montes tenebrosos” (Jr 13.16) No eschaton todos os inim igos<br />

de Deus “tropeçarão” no M essias, a pedra de tropeço (negep é em pregado em paralelo<br />

sinônim o com mikshôl, “de tropeço”).<br />

negep. G olp e, p r a g a , p a n c a d a . Este substantivo geralm ente tem a conotação de golpe<br />

ou praga mortal infligidos com o castigo divino. Observe-se especialm ente Isaías 8.14.<br />

negep ocorre sete vezes.<br />

maggêpâ. G olp e, p e s te , d e r r o ta , p r a g a . Em 2 Crônicas 21.14 temos um caso de<br />

cognato acusativo (nõgêp maggêpâ), onde se deve entender nõgêp não com o “praga”,<br />

mas com o “golpe” (ARA, “flagelo”; cf Ez 24.16). Este substantivo é, com freqüência,<br />

em pregado para designar a pancada ou golpe (o efeito da ação de nãgap) que resulta da<br />

retribuição divina. Entretanto, nem sem pre esse é o caso (Ez 24.16). Quanto a sinônim os,<br />

veja-se nega'. O substantivo ocorre 25 vezes.<br />

As pragas do Egito (cham adas tanto de negep quanto de maggêpâ, Nm 16.46 e ss.,<br />

[17.11 e ss.]), desferidas para traspassar o coração de Faraó (Êx 9.14), derradeiram ente<br />

atingiram seu objetivo na form a da última praga (Êx 12.23). A lem brança daquele juízo<br />

divino contra a rebelião hum ana cristalizou-se na Páscoa (Êx 12.27), na m em ória nacional<br />

(Js 24.5) e no sistem a legal (cf Lv 26.17; Dt 28.25). Em bora fosse constantem ente<br />

advertido, Israel desviou-se repetidas vezes (e.g., Êx 32.25; Nm 14.42) e, por fim , foi ferido<br />

por Deus. Esta rebelião exigia expiação em favor da pecam inosidade (Êx 30.12) e do<br />

pecado (Nm 16.46 e ss. [17.11 e ss.]) sem pre presentes. No eschaton, porém , os<br />

golpes/pragas produzirão arrependim ento por parte do Egito (Is 19.22), aliás, todos os<br />

inim igos de Deus se arrependerão ou perecerão (Zc 14.12 e ss.).<br />

L.J.C.<br />

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