DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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Tsevat concluiu que a palavra “não significa Virgem’ em nenhuma língua, nem
exclusivamente (aramaico), nem principalmente (hebraico), nem de modo geral (acadiano
[r ugarítico?])” (p. 340).
U so d o AT. Se bctú lâ é usada no sentido genérico, “jovem ”, ou no sentido mais
especifico, “virgem”, isso nào pode ser concluído com base em Êxodo 22.16115] e s.;
Deuteronômio 22.28, 29; Levítico 21.2, 3; etc. Todavia, em Levítico 21.13, 14 e Ezequiel
44.22, onde b rtidâ é contrastada com vários tipos de mulheres que já haviam tido
experiência sexual, parece provável que o conceito de “virgem” está em vista.
O argumento de Wenham de que as orações qualificadoras de betâ£â, tais como “que
ainda não teve marido" (Lv 21.2, 3) ou “a quem nenhum homem havia possuído” (Gn
24.16; Jz 21.12), não têm sentido se a palavra tiver o significado de “virgem”, não é
convincente, pois não se pode verificar se tais orações são restritivas ou explicativas. Cf.
2 Sm 14.5, passagem semelhante).
Contudo, Wenham questiona a conclusão de que a palavra deva ter o sentido de
“virgem” em Deuteronômio 22.13-21, porque ele oferece uma interpretação aparentemente
digna de confLança, assumindo o sentido geral de “adolescente nubente”. No primeiro caso,
b i ü l im , “símbolos de virgindade” (w . 14, 15, 17, 18), possui morfologi ca mente a forma
regular de substantivos abstratos no hebraico bíblico que designam faixas etárias (cf.
ne,ürim , “juventude”, z cq ã n im , “velhice”). Além disso, de acordo com ele, os “símbolos de
virgindade", assim chamados pelos anciãos, nào são os lençóis relativos à noite de núpcias,
mas sim as roupas manchadas de sangue do último fluxo da jovem. Com tais roupas, os
pais da moça podiam refutar a queixa do marido cheio de ciúme de que sua esposa já
stava grávida de outro homem enquanto ainda vivia na casa de seu pai. Finalmente, ele
argumentou que sua interpretação corresponde admiravelmente à frase que afirma que,
se tais provas não pudessem ser apresentadas, a moça seria apedrejada até a morte, “pois
fez loucura em Israel, prostituindo-se na ca sa d e seu p a i” (Dt 22.21). Assim, estas roupas
serviam de teste, o que provava que ela não estava grávida quando se casou. Se eLa não
estivesse grávida, era aceita como virgem. Se tal interpretação de bH ülim está correta, ela
então sustentaria a tese de que b'tülâ é uma “jovem em idade de casamento”, visto que
o início da menstruação seria o sinal mais claro de que ela já tinha alcançado tal idade.
Visto que Wenham apresentou um argumento forte de que o teste da interpretação
não era de virgindade, mas sim de castidade, pode-se admitir que bH ültm ou tftú lâ
certamente não fala de virgindade neste texto tão discutido.
Em oito passagens a palavra títü lâ é contrastada ou combinada com a palavra
hebraica para moço (Dt 32.25; 2 Cr 36.17; Sl 148.12; Is 62.5; Jr 51.22; Lm 1.18; 2.21; Zc
9.17). Nestes textos as expressões têm apenas o sentido de moços e moças. Em Ezequiel
9.6 a palavra (no plural) refere-se a jovens juntamente com crianças e a mulheres que
serão mortas por causa da perversidade de Israel.
Todavia, em Joel 1.8, onde a 6*tülà é convocada para lamentar a morte de seu b a ‘al,
'‘marido”, a palavra provavelmente não tem o sentido de “virgem”, pois em outros textos
p a a l é a palavra comum para “marido” e a tradução “noivo” de algumas versões não pode,
p^r sua vez, ser confirmada. De igual modo em Ester 2.17, as brtülôt. que passaram a noite
com o rei Assuero não são virgens, a não ser que se trate de uma figura de linguagem
para dizer “as que tinham sido virgens”. Em uma parábola Ezequiel fala de O olá e Oolibá
prostituindo-se e tendo os seios de sua bftídim apalpados (23.3). Aqui também a noção de
virgindade não é precisa. Finalmente, em Jó 31.1 até mesmo a NKB traduziu por “moça”
inglês e a ARA diz “donzela”, pois não seria pecado para Jó fixar os olhos em uma
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