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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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767 ntin (háshab)<br />

767a ([hêsheb) obra engenhosa.<br />

767b<br />

767c<br />

Termos Derivados<br />

T'30n (heshbôn) juízo, cálculo.<br />

]'Q©n (hishshãbôn) engenho, invenção.<br />

7 6 7 d tn D Ü Q Ç (mahãshãbâ) pensamento, intuito, estratagema.<br />

A idéia básica da palavra é o emprego da mente na atividade de pensar. A ênfase não<br />

está na “compreensão" (c f bin), mas na criação de novas idéias. A raiz aparece<br />

principalmente no qal, mas também no nifal e no piei, e uma vez no hitpael. Apenas o<br />

verbo aparece 121 vezes.<br />

No AT é possível distinguir seis claras variações da idéia básica desta raiz. A que é<br />

usada com maior freqüência é a de “planejar”, “intentar”. Essa variação é empregada para<br />

referir-se tanto ao homem quanto a Deus e aparece tanto no qal quanto no piei. Os<br />

israelitas, por exemplo, são advertidos a não “intentar” o mal contra um irmão (Zc 7.10).<br />

Em um versículo, Gênesis 50.20, o verbo é usado tanto para o homem quanto para Deus.<br />

quando José utiliza duas vezes a palavra: primeiro, ao dizer que seu irmãos “intentaram”<br />

mal ao lidarem anteriormente com ele, e, em seguida, ao dizer que Deus “intentou” (IBB)<br />

aquilo para o bem.<br />

O segundo uso mais freqüente apresenta a idéia de “fazer juízo”. Tal uso também é<br />

empregado tanto com referência ao homem quanto a Deus e aparece no qal e no nifal. O<br />

conhecido texto de Isaías 53.4 usa o verbo: “nós o reputávamos por [julgávamos! aflito,<br />

ferido de Deus e oprimido”. Deus é o sujeito da sentença proferida por Jó: “ [Deus] me<br />

considera como seu inimigo” (33.10). Os usos no nifal são simplesmente o passivo do qal.<br />

Um terceiro uso, que aparece bem menos vezes, é o de simplesmente ter pensamentos<br />

passando pela mente, de meditar (qal e piei). Malaquias fala elogiosamente daqueles que<br />

temiam o Senhor e “pensaram” no seu nome (T B , 3 .1 6 ) . Emprega-se o piei (sem nenhuma<br />

distinção clara de sentido) quando Davi demonstra, ao tratar da identidade do homem,<br />

surpresa de que Deus dele “tome conhecimento” (Sl 1 4 4 .3 ) .<br />

Uma quarta variação significa “imputar”, sendo, na realidade, um sentido<br />

especializado de “fazer juízo”. Esta variação ocorre três vezes no qal e três no nifal, sendo<br />

que este último é simplesmente o passivo do primeiro. Refere-se tanto a Deus quanto ao<br />

homem. Simei, depois de amaldiçoar ostensivamente a Davi, suplica a Davi que não lhe<br />

“impute” pecado (2 Sm 19.19). Abraão creu em Deus, e Deus “imputou-lhe isto como<br />

justiça” (IBB, Gn 15.6; Rm 4.3). Davi declara que é bem-aventurado o homem a quem o<br />

Senhor não “atribui” iniqüidade (Sl 32.2; Rm 4.8).<br />

Uma quinta variação significa “inventar”, um uso encontrado apenas no qal. É<br />

empregado para referir-se a Bezalel, escolhido por Deus para liderar a construção do<br />

tabernáculo, descrevendo uma parte de seu trabalho como “elaborar" (inventar) produções<br />

artísticas, com uso de ouro, prata e bronze (Êx 31.4; 35.32, 35). Uzias, rei de Judá, colocou<br />

em Jerusalém máquinas para a guerra “inventadas” por peritos (IBB, 2 Cr 26.15).<br />

A última variação significa “calcular”, “contabilizar” e é usada somente no piei. Na<br />

época do idoso sumo sacerdote Joaiada, quando se faziam reparos no templo, a palavra<br />

é usada para dizer que os sacerdotes não “pediam contas” aos trabalhadores acerca do<br />

dinheiro para o projeto porque estes eram honestos. Na legislação mosaica a palavra é<br />

usada várias vezes para indicar a contagem necessária para determinar o valor flutuante<br />

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