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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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551 “D? {.zãkar)<br />

palavra refere-se à invocação de Deus, o nome pelo qual Deus seria “lembrado” (Êx 3.15).<br />

A “invocação” (ou “lembrança”) de Deus é um eufemismo para o termo “Deus” (Sl 30.4(51;<br />

97 12; e talvez 102.12(131, onde a ARA usa a palavra “memória”). Se houver insistência<br />

no uso da palavra “nome”, este deve ser entendido como um “nome para invocação”, não<br />

um simples “nome memorial”. Duas passagens usam esta palavra como uma referência<br />

à “récita” dos grandes atos de Deus. “Destilarão a recita da tua muita bondade” (Sl 145.7;<br />

tradução do autor; ARA, “Divulgarão a memória da tua muita bondade”) e “Ele fez a récita<br />

de suas maravilhas” (Sl 111.4; tradução do autor; ARA, “ele fez memoráveis as suas maravilhas”).<br />

zik k ã rôn . M em orial, reco rd a çã o , lem brança, registro, zikkãrôn é um objeto ou ato<br />

que relembra alguém de alguma coisa, ou que representa alguma coisa. Como tal, pode<br />

ser um “memorial”, uma “recordação”, um “registro” histórico ou uma “lembrança” física<br />

que faz recordar uma divindade. A festa da Páscoa era um memorial (Êx 12.14) de um<br />

grande evento histórico. A festa dos Pães Asmos era como um “memorial entre os teus<br />

*<br />

olhos” (Ex 13.9). Os incensários de Coré foram transformados em memorial de uma<br />

importante verdade (Nm 16.40(17.5]). O “livro dos feitos memoráveis” (Et 6.1) continha<br />

um registro escrito dos atos de Mordecai. As máximas dos amigos de Jó, como todos 0 3<br />

provérbios, eram lembretes das verdades abstratas que expressavam (Jó 13.12). Em Isaías<br />

57.8, os símbolos eróticos (ARA), que relembravam o adorador de seu deus, eram<br />

provavelmente pequenas imagens do ídolo, mas o termo enfatiza sua função como um<br />

lembrete mais do que seu caráter como representação. Em Eclesiastes 1.11 e 2.16, a<br />

questão enfocada é que não há registros ou objetos que sirvam de lembrança ou memória<br />

do homem sábio, do tolo, das coisas por vir ou das coisas passadas; as passagens não estão<br />

negando o ato mental de recordar tais coisas.<br />

zck a ryâ, zrkaryãhü. Ya ou Yahu (i.e., Ia vé) se lem brou. Z a ca ria s. Mais de 20 homens<br />

receberam este nome no AT (a lista completa se acha em BD B), dos quais três serão<br />

discutidos aqui.<br />

1) Zacarias, o filho de Joiada, o sacerdote, que repreendeu a apostasia religiosa de<br />

Joás e, como conseqüência, foi martirizado no átrio do templo (2 Cr 24.20; c. 800 a.C.).<br />

2) O mestre que exerceu influência positiva sobre o rei Uzias (2 Cr 26.5; c. 750 a.C.).<br />

3) Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido (Zc 1.1. 7), cujo ministério de animar o<br />

povo a reconstruir o templo (c. 520 a.C.) e de comentar sobre o cenário político de seu<br />

tempo está registrado no livro que leva seu nome. É provável que a expressão “filho de<br />

Ido” indique o clã ao qual pertencia Zacarias, não um grau de parentesco próximo. O clã<br />

de Ido é destacado nitidamente na comunidade pós-exílica (Ne 12.12, 16; note-se que<br />

“cabeças de famílias” indica chefes de clãs). Conjectura-se que Zacarias teria sido jovem<br />

demais para assumir o ofício profético antes de 520 a.C. (NDB) e que era o sumo sacerdote<br />

na ocasião (EncJud), mas nenhuma das duas conjecturas tem apoio suficiente.<br />

No tempo do NT, um homem de nome Zacarias tinha-se tornado um mártir bem<br />

conhecido (Mt 23.35; Lc 11.51). A designação “filho de Baraquias” indica que a referência<br />

é ao profeta Zacarias. Todavia, dúvidas quanto à originalidade desta designação, bem como<br />

o local e tipo de morte de Zacarias, indicam que o mártir proeminente poderia ser o filho<br />

de Joiada. Outra possibilidade é que o mártir do NT tenha sido uma pessoa não<br />

mencionada no AT.<br />

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