DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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este bondosamente dá ordem às nuvens, e elas refrescam a terra (Is 5.6), da mesma forma
como ele bondosamente fez chover maná sobre Israel no deserto (Êx 16.4; Sl 78.24).
mãtãr. C h uva, A humanidade jamais deve tomar por certo a chuva (cerca de 38
referências). Ela vem das mãos de Deus (Sl 147.8; Jó 5.10; 28.26; 36.27) em quantidades
proporcionais à situação espiritual dos moradores daquela terra (Dt 11.11, 15 [14]).
Quando os homens amam ao Senhor seu Deus e servem-no de todo o coração e de toda a
alma (Dt 11.13), ele envia chuva sobre a terra no seu devido tempo (Dt 11.14; 28.12). Mas,
quando eles se desviam e vão atrás de outros deuses, a chuva é retida nos céus (Dt 11.17).
Os homens e os animais desfalecem e a terra se torna em pó e cinza (Dt 28.24). Assim que
a própria situação da terra prometida era um testemunho acerca da vida espiritual do
povo.
Pode-se assinalar que a Bíblia não favorece a cosmologia fantasiosa que freq ü e n ­
temente lhe é atribuída. Uma tradução mais exata de “janelas do céu” (IBB, Gn 7.11) é
“comportas” (c f hallôn e a referência ali a ’ãrubbâ). Por observação os hebreus sabiam
que a chuva vem das nuvens (Is 5.6; 1 Rs 18.44).
Os profetas apontavam para a chuva como um sinal para o povo acerca da ira ou do
favor de Deus (Is 5.6; 30.23; Am 4.7; Zc 10.1). A chuva que caía durante a colheita de
trigo era um sinal do juízo divino, pois ela chegava fora de época e no pior momento
possível (1 Sm 12.17-18). Salomão orou para que Deus abrisse os céus, fechados devido
ao pecado do povo, depois de este ter suplicado ao Senhor em oração (1 Rs 8.36; veja
também 2 Cr 6.27). Elias teve um ministério de oração exatamente assim (1 Rs 18.1).
Aliás, no exato momento da história quando Israel escolheu adorar Baal, o deus da
tempestade (1 Rs 16.31-32), Elias apareceu com a advertência: “Nem orvalho nem chuva
haverá nestes anos, a não ser segundo a minha palavra” (1 Rs 17.1).
Esperar a chuva tomou-se proverbial: aguardar por alguém é comparado a esperar
a chuva com a boca escancarada (Jó 29.23). A palavra também é empregada em símiles:
o Messias descerá como chuva sobre a erva ceifada (Sl 72.6). Ele alvorecerá sobre eles
como a relva nova depois da chuva (2 Sm 23.4). Naquele dia um tabernáculo será refúgio
contra a tempestade e a chuva (Is 4.6).
Durante as pragas, chuva acompanhada de trovões foi enviada contra os egípcios
como sinal de poder sobrenatural (Êx 9.33-34; c f Dt 11.10). Há três ocorrências da frase
“[Deus] faz subir as nuvens dos confins da terra, faz os relâmpagos para a chuva, faz sair
o vento dos seus reservatórios” (Sl 135.7; Jr 10.13; 51.16).
B ib lio g r a fia : — BALY, Denis. The geography o f the Bible. Harper, 1957. pp. 41-52.
W.C.K.
rHCQ (mattãrâ). Veja o n ! 1 356a.
1188 "Ç (m ay) á g u a , C'ü (m ayim ) á gu a s.
Encontrada apenas na forma plural, esta palavra é encontrada aproximadamente 580
vezes. A importância teológica da água pode ser analisada em termos de seus aspectos
históricos, rituais, metafóricos e escatológicos. A escassez de água na Palestina explica as
numerosas referências no AT à procura de água pelo homem.
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