DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

780 Cnn (hãtam)
com exceçã o d e q u e a RSV traz “anel d e sela r” em Ag 2.23).
780b nqn n (hõtemet) selo d e sin ete.
O sentido básico desta raiz é o de “selar”. Vários tipos de documentos eram
autenticados apondo-se-lhes marcas de selo a partir de carimbos ou cilindros de selagem.
O carimbo era aposto sobre barro ou cera, enquanto o cilindro era passado como um rolo
sobre esse material, e em ambos os casos ficava ali uma marca impressa. Cartas (1 Rs
21.8), decretos de reis (Et 3.12; 8.8, 10; Dn 6.17, 18), alianças (Ne 10.1(2]), escrituras de
aquisição de terras (Jr 32.10, 11, 44) e livros (Dn 12.4) eram selados. Acerca de uma
profecia também se diz, numa símile, que ela foi selada (Is 29.11).
Desse modo, a selagem indica aquilo que está com toda segurança trancado (Dn 12.9)
por estar sob selo (Dn 12.9), por exemplo, as estrelas (Jó 9.7), um tesouro (Dt 32.34) ou
a transgressão de alguém (Jó 14.17). Isaías devia selar seus ensinos em seus discípulos,
ou seja, mantê-los em segurança (Is 8.16). Fonte selada é metáfora para mulher recatada
(Ct 4.12).
A raiz também tem o sentido de cerrar as mãos dos homens para que não consigam
trabalhar no inverno (Jó 37.7) e também daquilo que está cerrado (Jó 24.16), como quando
se interrompe o vazamento que sai de uma ferida ou fluxo seminal (Lv 15.3).
h õtã m . S elo, sin ete. Este substantivo masculino, derivado da raiz hãtam, “selar”,
refere-se a um selo feito de pedra entalhada impresso em barro ou cera para autenticar
um documento. Se fosse um selo cilíndrico, tal como aqueles utilizados na Mesopotâmia,
ficaria pendurado em volta do pescoço com o auxílio de um cordão (Gn 38.18). Um selo de
carimbar, como os que eram mais comuns na Palestina, era transportado ou usado num
dedo (Jr 22.24). No entanto, taba‘at é a palavra usual para anel de selar. Jezabel usou o
selo de Acabe para autenticar a ordem para matar Nabote (1 Rs 21.8; cf. Sir 42.6). Grande
número de sinetes de carimbo e sinetes cilíndricos têm sido encontrados em escavações
arqueológicas na Palestina.
As pedras e a lâmina de ouro das vestes do sacerdote eram gravadas como sinetes
de joalheiro (Êx 28.11, 21, 26; 39.6, 14, 30). Por ser um bem característico de seu
proprietário, um selo serviu para comprovar que Judá havia estado com Tam ar (Gn 38.18;
mas o v. 25 traz hõtemet). “O anel do selo da mão direita” simboliza aquilo que é
particularmente precioso para alguém (Jr 22.24; Ag 2.23).
Em figuras de linguagem o amado deseja ser como o selo sobre o coração e sobre o
braço de sua amada (Ct 8.6). Fala-se da manhã que transforma a terra como o barro sob
o selo (Jó 38.14), onde a figura provavelmente derive do selo cilíndrico que rola sobre o
barro; das escamas do dorso do “leviatã” (IBB; ARA, “crocodilo”) bem unidas, como que com
um selo (Jó 41.15[7]); e de um rei como o sinete da perfeição (Ez 28.12).
h õ te m e t. S in ete. Usado para imprimir em documentos, o cilindro de selagem era
amplamente conhecido no antigo oriente médio. Sendo marca que indicava o seu dono, o
selo, praticamente uma assinatura, foi uma prova irrefutável de que Judá tinha estado
com Tam ar (Gn 38.25; c f v. 18).
Bibliografia: TUFNELL, O., Seals and scarabs, IDB, p. 254-9 HUEY, F. B. Seal, ZPEB,
v. 5, p. 319-24.
J.P.L.
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