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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1273 *]«: 0ná’ap)<br />

Termos Derivados<br />

1273a =1^: Cn i f u p ) a d u l t é r i o (Ez 23.43; Jr 13.27).<br />

1273b (n a ’ã p ü p ) a d u l t é r i o (somente em Os 2.4).<br />

Esta raiz aponta para “a relação sexual com a esposa ou a prometida de outro<br />

homem” K B ). Deve-se comparar esta palavra com z ã n â , que se refere a relações<br />

heterossexuais ilícitas, mas que não implica necessariamente na violação dos votos<br />

matrimoniais, e com o substantivo n o k r í y â , uma mulher estrangeira que geralmente se<br />

encontrava numa situação social inferior, sendo que em Provérbios 5.20; 6.24, ela é,<br />

obviamente, uma prostituta. A raiz ocorre 34 vezes.<br />

A importância desta raiz vai muito além do que parece, visto que seu uso no sétimo<br />

mandamento constitui um elemento básico da lei social e seu uso teológico-religioso revela<br />

um elemento central na religião de Israel.<br />

O sétimo mandamento (c f R . J. RUSH<strong>DO</strong>ONY, T h e i n s t i t u t e s o f B i b l i c a l l a w , Nutley,<br />

Craig Press, 1973) exige pureza sexual. Isso contrasta com a infidelidade e promiscuidade<br />

sancionadas pela religião oficial do restante do antigo Oriente Médio. A religião de<br />

Yahweh apresenta o adultério como um crime repugnante contra Deus (Jó 31.11, onde se<br />

tem em vista o adultério, embora a palavra não seja empregada), contra o homem e contra<br />

a sociedade: uma quebra do contrato matrimonial feito perante Deus, uma desonra a Deus<br />

por colocar a vontade do homem acima da de Deus (Gn 2.24), um ato de rebeldia feito<br />

deliberada e desnecessariamente (1 Co 7.2), o pior tipo de roubo, ou seja, o roubo da carne<br />

do próximo, um aviltamento do adúltero, tornando-o um jumento selvagem insensível (Jr<br />

5.8), um meio de destruir a própria reputação (Pv 6.32-33) ou de prejudicar a própria<br />

mente (Os 4.11-14), e tc . Conseqüentemente, sob a lei de Moisés, o adultério (mesmo com<br />

uma moça noiva. Dt 22.23 e s.) era passível de morte (Lv 19.20; 20.10), ao passo que a<br />

fomicação (c f. z ã n â ) não o era. Até mesmo desejar a esposa de outrem era errado (o<br />

décimo mandamento). O método de aplicação da pena capital era, em alguns casos,<br />

queimar a pessoa (Gn 38.24), mas, na maioria das vezes, era o apedrejamento (Dt 22.23<br />

e s.; Ez 16.38-40; c f. Jo 8.5). O divórcio, exceto em caso de infidelidade (Os 2.5, 11-12; Ez<br />

16.37-38; 23.29) era algo odioso para Deus (Ml 2.16), e, em alguns casos, expressamente<br />

proibido (Dt 22.19, 29). No entanto, tendo em vista a dureza do coração de Israel, essas<br />

determinações foram atenuadas (Dt 24.1; Mt 19.18). Uma mulher suspeita de adultério<br />

tinha de enfrentar um julgamento por ordálio (Nm 5.11-31; c f. q ã n ã ’ [talvez, no sentido<br />

técnico da palavra, esse não fosse um ordálio tal como a prática assíria de atirar a pessoa<br />

acusada ao rio para ver se ela sobreviveria. Não havia perigo físico algum presente no<br />

ritual do AT. Havia um juramento solene no lugar santo, o que seria um duro teste<br />

psicológico para uma mulher culpada, e havia também a ameaça de visitação da<br />

providência divina. R.L.H.] Este era tanto um ato de misericórdia (a mulher podia ser<br />

declarada inocente de uma falsa acusação) quanto uma institucionalização da submissão<br />

determinada da mulher ao homem. A falta de recato, vista como uma provocação<br />

desnecessária ao adultério (2 Sm 11.2), era proibida (Êx 20.26; 2 Sm 10.4-5). Homens<br />

piedosos procuraram disciplinar o olhar (Jó 31.1; c f 2 Pe 2.14) e, dessa forma, a mente<br />

(Mt 5.28). A prostituição era proibida (Lv 19.29). Os sacerdotes receberam ordens para<br />

não se casarem com uma prostituta (21.7). Caso suas filhas se tomassem prostitutas<br />

(cultuais?), deviam ser executadas (v. 9). A prostituição religiosa, a homossexualidade (Lv<br />

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