DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1293 J?g (nãgal
e Isaías 23.16. Parece que Salmos 68 faz distinção entre os cantores e os músicos
(nõtfntm ), estes acompanhados das virgens que tocavam tamborins. A harpa (kinnôr) é
o instrum ento tocado em 1 Samuel 16.16; Salm os 33.2-3; Isaías 23.16. Salm os 33.2
tam bém m enciona a lira de dez cordas. Davi tocou harpa para Saul a fim de ajudar a
acalm ar o rei quando um espírito maligno veio sobre ele, m as seus esforços não foram de
todo bem -sucedidos (1 Sm 16.16, 18, 23; 18.10; 19.9). Eliseu pediu que um m úsico tocasse
para ele, de modo que a mão do Senhor viesse sobre ele (2 Rs 3.15). Ezequias anteviu que
se tocariam músicas no templo para dar graças por sua cura (Is 38.20). Em Salm os 33.3
o salm ista desejou que se tocasse com toda habilidade e se gritasse de alegria durante o
louvor ao Senhor.
nrginâ. M ú sica , c â n tic o , c a n ç ã o sa tírica . Este substantivo refere-se a músicas
agradáveis em Salm os 77.6 [7] e a m úsica exultante em Lamentações 5.14, m as em outras
passagens tem o mesmo sentido de m anginâ, “canção zom beteira” (Lm 3.14; Jó 30.9). Em
Salm os 69.12 (131 esta é a música dos embriagados. Em sete salmos neginôt aparece no
cabeçalho, indicando que se devia usar instrumentos de cordas (cabeçalho dos salm os 4;
6; 54; 55; 61; 67; 76 [no texto hebraico o cabeçalho é sempre o versículo 1]; c f Hc 3.19).
A ARC em prega a transliteração: “sobre Neginote”. Quanto a outros termos afins, veja-se
selâ.
H.W.
1293 (nãga1 to c a r , a lc a n ç a r , ferir.
Term o Derivado
1293a ^33 (negai g o lp e , p r a g a , d o en ça .
A raiz ng‘ fala do relacionam ento que se estabelece quando uma coisa (ou pessoa)
encosta fisicamente em outra. Quanto a sinônim os, veja-se nágap. As muitas conotações
do vocábulo exigem, às vezes, diferentps traduçõps, por exemplo, “alcançar”, “ferir”, etc.
O verbo ocorre 150 vezes.
O sentido básico de nãga' é “tocar”. Pode referir-se a uma coisa tocando (isto é,
encostando) em outra (Is 6.7; 16.8; Os 4.2), a um homem tendo contato com um a coisa (Êx
19.12) ou entrando numa área (Et 6.14), e a Deus tocando num homem (Dn 8.18) ou
numa coisa (Sl 144.5). Deve-se dar especial atenção a Salm os 88.3 [4], onde o salm ista faz
paralelo entre “alma ... cheia de angústias” e “vida [que] se aproxim a do Sheol” (cf
Leonard J. COPPES, Sheol: what is it?, Covenanter Witness, 4 fev. 1976, p. 14 e ss.). Nessa
passagem o salmista, reconhecendo que Deus criou a situação em que se encontrava, ora
para que ele a mude (cf. Sl 107.18). Usa-se a palavra num contexto ritualista: coisas
san ta s (pertencentes a Deus, Êx 19.13.Lv 12.4; Nm 4.15) não devem scr tocadas por
pessoas não autorizadas. As coisas não santas também sofrem restrições (Nm 19.16, 22;
Is 52.11). A possível razão para isso é que encostar em algo é o mesm o que estender sua
autoridade sobre tal coisa. Certamente os m andamentos explícitos dados por Deus sobre
o que podia e o que não podia ser legitim amente tocado (Ag 2.12) devem desfazer
qualquer suspeita de magia ou animismo. Isso levanta uma indagação acerca da fala de
Eva em Gênesis 3.3. Ela estava exagerando (KD) ou sim plesm ente relatando?
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