DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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eleição para uma tarefa, Is 45.4). Às vezes essa idéia de soberania está presente muito
em bora esteja om itida a idéia de “dar nom e”, por exemplo, Deus chamou todas as gerações
desde o princípio (Is 41.4; cf. Am 5.8). Nesses casos o objeto do verbo tem necessariam ente
de responder ao chamado.
Com bastante freqüência o nome dado indica uma característica básica da coisa
nom eada. Às vezes isso envolve um jogo de palavras (Gn 27.36). Em outras passagens
constitui uma confissão ou uma avaliação pessoal do objeto nom eado (Is 58.13; 60.14) ou
m esm o um reconhecim ento de uma verdade eterna, por exemplo, a criança prom etida
profeticam ente é por Deus cham ada de “Em anuel” (Is 7.14). Deus declarou a sua
soberania sobre Israel (Is 41.2) e ao m esmo tem po chamou-o por outro nome (Is 65.15;
“prata de refugo”, Jr 6.30). Em Êxodo 33.19; 34.6 e Deuteronom io 33.3, proclam ar o nom e
de Deus inclui a descrição de seus atributos e/ou atos soberanos.
Esse verbo tam bém tem a conotação de cham ar alguém para uma tarefa específica
(cf. m iqrã ’). A serva da filha de Faraó perguntou se devia ir e “convocar” (ARA, “cham ar”)
um a babá (Êx 2.7). A destruição de todos os m oradores de Canaã teve com o objetivo
acabar com toda possibilidade de amizades que levassem à aceitação de convites pessoais
para atos de idolatria e o conseqüente envolvim ento com ela (Êx 34.15). O uso mais
destacado aqui diz respeito a invocar o nom e de Deus. Em geral o contexto se refere a
um a necessidade crítica (Sl 34.6, 81.7 [8]) ou crônica (e.g., depois de Caim m atar Abel, o
hom em percebeu todos os efeitos da maldição e com eçou a invocar o nom e de Deus — Gn
4.26). Os piedosos reconhecem a presença do pecado original m ediante a contínua
invocação de Deus (Gn 12.8; 13.4; Sl 116.2). Deus responde a todos os que assim o
invocam (Sl 145.18). Aliás, o povo da aliança (inclusive o estrangeiro, 1 Rs 8.43) é
adm oestado a orar e recebe garantias de que Deus reverterá a m aldição (Is 55.6, 13).
D eixar de invocar a Deus é m erecer (Sl 79.6) e justam ente receber a ira de Deus (Is
65.12). Na consum ação o povo de Deus será aquele a quem Deus soberanam ente chamar,
até m esmo os amaldiçoados gentios (Is 55.5), e eles correrão para Deus. Ele inverterá o
que aconteceu em Babel, e com um idioma puro todos aqueles cham ados por Deus
cham arão por ele e o servirão (S f 3.9), M esmo antes de clam arem , ele responderá (Is
65.24). Desse modo o Éden é restaurado e a m aldição é com pletam ente aniquilada. Quão
trágico é o fato de que Israel, a quem foram feitas as promessas, tenha rejeitado o
cham ado do Senhor (Is 65.12). A salvação de fato pertence ao Senhor.
q ã r i’ . P e s s o a ch a m a d a . Emprega-se esse vocábulo (junto com ‘êdâ) para designar
aqueles, no m eio de Israel, “convocados para fazerem parte da assem bléia da congregação”
(K D , Pentateuch, v. 2 , p. 1 5 ; cf. Dt 18 ).
m iq r ã ’. C o n v o ca ç ã o , leitu ra . Esse substantivo, que denota o resultado de q ã r ã é
em pregado, prim eiram ente, para designar convocações públicas de natureza
exclusivam ente religiosa e, em segundo lugar, em referência ao resultado de leitura em
voz alta (Ne 8.8). Deve-se com parar com o sinônim o m õ‘êd (q.v.), “hora m arcada”, o que
tam bém passa a ter o sentido de “encontro m arcado”.
m iqrã *designa os sábados sem anais (Lv 23.2) e as luas novas (Ez 46.3; cf. Is 66.23).
N o entanto, o sentido usual é reservado para os sete sábados de convocação especial.
Esses sábados eram observados no transcorrer das cinco festas anuais (a páscoa e a festa
dos tabernáculos eram abertas e encerradas com um sábado de convocação especial).
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