DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

871 CG* (ymm)
DO' ( y ê m i m ). Veja o n? 871b.
(yãmin). Veja o n? 872a.
T Q ,: (y'míní). Veja o n? 872b.
871 Lw (ymm). A ceita com o raiz de:
871a tC' (yãm) mar, ocidente, na direção do ocidente.
871b CG' (yêmim) Significado dúbio. Ocorre somente em Gênesis 36.24.
y ã m é palavra usada mais de 300 vezes para indicar “mar” e mais de 70 vezes para
referir-se a “ocidente” ou “na direção do ocidente”. Em uma oportunidade (Sl 107.3) o
sentido é de “sul”, mas esse deve ser um erro de manuscrito, embora em Isaías 49.12 yãm
também esteja em oposição ao norte.
Na Bíblia há menção de mares específicos, a saber: 1) o Mediterrâneo, chamado de
“mar Grande” (Nm 34.6), “mar ocidental” (Dt 11.24), “mar dos filisteus” ( Ê x 23.31), e “mar
de Jope" (ARA, “mar, para Jope”, Ed 3.7); 2) o mar Morto, denominado “mar Salgado” (Nm
34.3), “mar do Oriente” (Ez 47.18), e “mar do Arabá” (Dt 3.17); 3) o mar Vermelho, yãm
süp, literalmente, “mar de algas” (BJ, “mar dos Juncos”; ARA, “mar Vermelho”, Ê x 10.19),
“mar do Egito” (Is 11.15) e, no NT, “mar Vermelho” (At 7.36); 4) o mar da Galiléia,
conhecido como kinneret (Nm 34.11), às vezes com uma ligeira modificação no ortografia;
em 1 Macabeus 11.67 temos “águas de Genesar* (BJ), e então, na época do NT, o mar de
Genesaré (ARA, “lago de Genesaré”; Lc 5.1) ou da Galiléia (Mt 4.18) ou de Tiberíades (Jo
21.1). yãm também é usado para designar o rio Nilo (Na 3.8), sem dúvida por causa de
sua imensidão; o mesmo acontece com o Eufrates (Jr 51.36; cf. Is 21.1, onde a referência
talvez seja ao golfo Pérsico). É, com freqüência, usado genericamente, em contraste com
terra ou céus. De acordo com 1 Reis 7.23 ss., o pátio do templo de Salomão tinha uma
imensa pia chamada “mar de fundição”. Todavia, é mera conjectura qualquer simbolismo
associado com yãm. Não há dúvida de que assim se chamava devido ao seu tamanho.
No pensamento hebraico em particular e no semítico em geral, a localização do
Mediterrâneo pode muito bem ter dado origem ao uso da palavra com o sentido de
“ocidente”. O ugarítico possui um cognato semelhante para "mar”. Israel jamais se
destacou por seus empreendimentos marítimos. Salomão chegou a ter uma marinha
mercante, mas possivelmente contratou marinheiros fenícios para tripular sua frota.
O AT fala do Senhor como o criador do mar (Gn 1.10), o qual também impôs limites
às suas águas (Sl 104.6-9; Pv 8.29). O imenso poder de Deus, que controlou o Mar
Vermelho por ocasião do Êxodo, torna-se a causa de celebração naquela oportunidade (Êx
15) e mais tarde (Sl 78.13; 136.13). Isto, por sua vez, toma-se um símbolo da vitória que
se espera que o mesmo Deus onipotente tenha; por essa razão fazem-se orações e votos
com plena confiança (Is 51.10; cf Sl 107.23-32). As nações pagãs são comparadas com o
mar que brame (Is 17.12), mas serão repreendidas pelo Senhor e fugirão (17.13).
Em Daniel, os poderes do mundo satânico assumem a imagem de bestas-feras que
surgem do mar (7.3), mas, em consonância com o poder soberano do criador, o altíssimo
derrota essas feras quando estabelece seu reino eterno.
Para o antigo povo de Israel, o mar deve, de uma forma geral, ter sido visto como um
lugar pavoroso, repleto de perigos. Jonas 2.2 s. exprime a íntima relação entre o Sheol e
o mar de onde Jonas foi livrado. Pode muito bem ser que este medo dos mares seja o que
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