DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1879 p-TS (tsãdêq)
O exam e acim a esclarece a m ensagem dos profetas, cujo clam or por retidão ecoou
pela terra. A m ós clam ou por justiça nas portas (5.15, 24), ou seja, que instituições
legítim as fossem corretam ente administradas. Todos os que trabalham na esfera pública
devem ser justos em tudo o que fazem — não por causa do que fazem. Lindos cânticos não
persuadirão Deus a aceitar a prática religiosa corrupta (Am 5.23-24). Jerem ias declara
que, juntas, a justiça e a retidão têm com o objetivo livrar os fracos, não lhes fazer
violência nem derram ar sangue inocente. Esta retidão preservará a cidade (Jr 22.1-4).
Q uer praticada por nações, quer por indivíduos, a reta conduta só pode ser alcançada
ao arar-se o cam po de pousio, sem ear-se em justiça e ceifar-se em m isericórdia, i.e.,
estabelecendo-se novas bases para a retidão (Os 10.12). Todos têm de se tornar novas
pessoas cujas ações são governadas pela lei de Deus. A reta conduta brota de um novo
coração (Ez 36.25-27). Habacuque expressa isso doutra maneira: o justo viverá pela sua
fé (H c 2.4). Isaías (32.15-17) coloca lado a lado a retidão e a obra do Espírito, tudo
resultando em paz e, conseqüentem ente, em uma tranqüilidade eterna e certa. E possível
que esse pensam ento esteja por trás da figura de Salm os 85.10 [11]: “A justiça e a paz se
beijaram ”. Por ter havido reconciliação entre o homem e Deus, a paz vem abençoar os
cam inhos do hom em . Aparentem ente Isaías refere-se à condição dessas pessoas: “todos
os do teu povo serão ju stos”. A ética verdadeira deriva da retidão conferida.
O aspecto forense de tsedeq aplica-se à igualdade de todos, ricos e pobres, perante a
lei. O justo, o tsaddiq, não deve ser morto (Êx 23.7), pois a lei não o condena. A pessoa
que, num litígio, está com a razão (a retidão dos retos, tsicTqat tsaddiq) não deve ser posta
de lado (Is 5.23). Deve-se enfatizar que na lei de Israel o ju iz não deveria considerar a
inocência do hom em em relação à transgressão da lei hum ana, mas a retidão do homem
em relação à lei de Deus. Hoje em dia alguém pode transgredir um estatuto secular, mas
ser inocente diante de Deus. Na lei do AT ser inocente e ser ju sto eram a m esm a coisa. A
idéia de m anter a retidão é, muitas vezes, expressa pelo grau hifil. Essa construção
designa a ação de tornar justo ou declarar justo.
A posição relativa daquilo que é direito é vista na com paração entre Judá e Tam ar
(Gn 38.26), i.e., ela estava dentro do direito de agir com o o fez, mas Judá não. Isso não
significa a aprovação com pleta das ações de Tamar. Um clam or justo ou verdadeiro é
“retidão” (Sl 17.1, ARA, “causa ju sta”; 18.20 [21]), sem pre em oposição à m entira (Sl 37.6).
N o caso de um indivíduo envolvido num litígio, ser ju sto significa estar livre de culpa em
relação a qualquer infração da lei (Gn 30.33). É ju sto aquele que é assim declarado (Êx
23.7; Dt 25.1). Essa é a afirm ação de Jó (Jó 19.7; cf. W. H. G R E E VES, The argum ent o f the
book o f Job unfolded, Nova Iorque, 1891, p. 188. É dever do ju iz e rei m anter a retidão
na com unidade; Êx 23.7-8; 1 Cr 18.14; Pv 16.12).
N oé, Daniel e Jó foram justos (Ez 14.14, 20). A boa conduta de um indivíduo
estabelece a base para suplicar ao Senhor que conceda livram ento do julgam ento
calam itoso. Sem elhantem ente, Gênesis 15.6 ensina que Abraão recebeu Isaque com o
herdeiro porque sua confiança nas promessas de Deus lhe foi im putada com o justiça.
Em prega-se tsedeq atributivamente quando aplicado ao próprio Deus no que diz
respeito ao seu caráter. O Senhor é o justo juiz (2 Cr 12.6; Sl 11.7; Jr 12.1; Lm 1.18),
chegando ao mais alto grau com o o juiz de toda a terra (Dt 32.4; Sl 119.137; Is 5.16). Por
essa razão os seus padrões, os seus juízos, expressos em suas palavras são justos (Sl
119.144, 160, 172). Sendo eternos, são a confiança do povo de Deus e não falharão. O ódio
que Deus tem pelo pecado e o am or que tem pela retidão (Sl 45.7 [8]) exprim em a retidão
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