DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1989 "O p (q ã d a r)
Também se usa q e d e m em referência ao período davídico (Ne 12.46). Todas as três
idéias (criação — êxodo — reinado davídico) estão unidas em Salmos 74.12. De modo que
se vê que as três formam um modelo teológico. Isso é ademais enfatizado em declarações
acerca do Messias (Mq 5.2 [1]; Ez 36.11) e da aliança eterna (Mq 7.20). Finalmente Isaías
aplica esse modelo (que parte da criação e vai até a perfeição) à vinda do Senhor (Is
45.23), a qual se dá de acordo com o conselho de Deus. Tudo é conhecido e feito por ele
(Is 45.21).
q ê d e m . O rien te. É possível que esse substantivo seja simplesmente o vocábulo q e d e m
acrescido de um h e final que expressa a idéia de direção, “para o oriente” (GKC §a,c), com
o qual o substantivo sempre ocorre. O vocábulo ocorre 26 vezes. Deve-se compará-lo com
m iz r ã h (onde nasce o sol), que enfatiza localização em vez de direção.
q a d m â . A n tig ü id a d e , esta d o a n terio r. Este é o substantivo abstrato do sentido
derivado de q e d e m , “antigo”, “anterior”. Uma exceção é o emprego temporal em Salmos
129.6, “antes de”, que parece empregar o h e locativo aplicado ao tempo (GKC §90h , q e d e m
mais h e locativo [?]). O vocábulo ocorre cinco vezes.
q ã d i m . V en to o r ien ta l, o rien te. Esse substantivo denota o vento do deserto, o qual traz
a destruição temida (Jó 27.21; Sl 48.7 [8]) e que, assim mesmo, é plenamente controlado
por Deus (Jó 38.24; Sl 78.26), até mesmo para o bem, quando ele assim o deseja (Êx
14.21). Aparecendo 52 vezes em Ezequiel, seu emprego mais freqüente é com o sentido de
“oriente” (cf. Hc 1.9) — talvez uma variante dialetal de q e d e m . O vocábulo ocorre 69
vezes.
q a d m õ n i . P a ssa d o , a n tig o , o rien ta l. Essa é a forma adjetiva de q e d e m (GKC, §86/).
Ocorre dez vezes.
B ib lio g r a fia :— THAT. v. 2, p. 587-8.
L.J.C.
]ÍQ“lp (q a d m ô n ). Veja o n? 1 988e.
'DÒnp (q a d m õ n i). Veja o n? 1 988f.
1989 “njç* (q ã d a r ) e s ta r escu ro, p ra n te a r.
Termos Derivados
1989a n n ~ I p (q a d r ü t) trevas, e scu r id ã o (Is 50.3, somente).
1989b rPD“n p (q ed õ r a n n it) p r a n te a d o r e s (Ml 3.14).
Essa raiz denota escuridão (a ausência de luz, Jr 4.28; cf. v. 23) e também os
preparativos que cercam os rituais de luto. Ocorre 19 vezes. Comparem-se os verbos mais
usuais h ã s h a k , que se limita à idéia de negridão, k ã h â , “ficar menos visível (pela falta
de luz)” e ‘ã r a b , “entardecer”. Outras raízes relacionadas com a idéia de pesar e luto são:
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