DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

936 "UT (yãtar)
936b t i n ' (yeter) II, co rd a , c o r d a d e a rco .
936c r n n ' (yitrâ) a b u n d â n c ia , riq u eza s.
936d "in r iyôtêr), “ins (yõtêr) m ais, m elh o r, va n ta g em .
936e HTTP (yõteret) a cessó rio .
936f jVIIV (yitrôn) v a n ta g em , e x c e lê n c ia ,
936g "iniü (rnôtãr) lu c r o , a b u n d â n cia .
936h n r r o imêtãr) fio, cord a .
yãtar e seus derivados são usados 227 vezes. A palavra refere-se a uma porção de
algo que foi dividido. Em geral é a porção menor e às vezes é a porção de m enor
qualidade. Pode referir-se à porção de m enor qualidade mas de m aior quantidade (Jz 7.6);
por exem plo, em Neemias inclui o povo além dos sacerdotes, nobres e oficiais (Ne 2.16;
4.14 [8], 19, [131). Tam bém pode ser usada no sentido de “vantagem ” ou “mais do que”.
O conceito de resto ocorre numa ampla variedade de contextos. Comida que sobra é
indicação de que as necessidades da pessoa foram amplamente supridas (Rt 2.14; 2 C r
31.10). O povo contribuiu liberalm ente para a construção do tabernáculo de sorte que
houve objetos que sobraram (Êx 36.7). A maioria dos sacrifícios devia ser com ida no dia
em que eram oferecidos; o que sobrasse devia ser queim ado (Êx 12.10; Lv 8.32). Mas uma
oferta votiva ou voluntária podia ser queimada apenas ao terceiro dia (Lv 7.16 s.).
Refere-se ao futuro da vida de alguém como os anos restantes (Is 38.10). Os
acontecim entos não registrados do reinado de um rei são citados como “o restante dos atos
de” (ARA, “os mais atos de”). Em Gênesis 49.3 s. a palavra tem a idéia de preem inôncia;
ali Jacó disse a Rúben: “tu és ... preeminente em dignidade e preem inente em poder
Descom edido como a água, não reterás a preem inência” (IBB). Em Provérbios 17.7 s'pat
yeter (lit. “um lábio de abundância”) é interpretado por BDB com o “fala arrogante”, pela
IBB com o “fala excelente”, e pela BJ como “língua distinta”.
A escola de sabedoria, era especial Eclesiastes, muitas vezes emprega esta raiz para
designar a busca da verdadeira vantagem ou da verdadeira excelência na vida. Provérbios
enfatiza que a abundância pode ser adquirida com o trabalho árduo e o esforço diligente
(Pv 14.23; 21.5). Mas a abundância de bens não deve se tom ar o objetivo da vida,
porquanto, depois de satisfeitas as necessidades, aquilo que sobra passa a ser herança dos
fam iliares (Sl 17.14).
O escritor de Eclesiastes utiliza essa família de palavras para transm itir muitas de
suas idéias. Não se deve ser excessivamente sábio nem excessivam ente justo; isto é, não
se pode querer passar para os outros uma idéia de seu próprio valor m ediante a exibição
dc sua sabedoria ou retidão de modo que elas pareçam maiores do que realm ente são (Ec
7.16). Na verdade, a m elhor vantagem pertence àquele que tem sabedoria (Ec 7.11). Ele
em prega yitrôn no sentido de “vantagem ”, “ganho” ou “lucro”. Para uma com unidade
agrícola existe vantagem em ter um rei, sem dúvida alguma porque a produção agrícola
pode ser totalm ente consumida (Ec 5.9 [8]). Esse escritor também entende que a sabedoria
tem vantagens ou benefícios em relação à loucura (Ec 2.13). A sabedoria m ostra ao
hom em como vencer um problema difícil, e o conhecimento permite que a sabedoria
preserve a vida de quem o possui (Ec 7.12; 10.10). Provérbios assinala que o trabalho
árduo tem vantagem sobre a preguiça (Pv 14.23). Mas Eclesiastes exam ina mais
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