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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1922 bb)i (tsll)<br />

maioria das versões interpretam-no como uma combinação de “sombra” com “morte”. D.<br />

W . Thomas aceita esta última hipótese, mas alega convincentemente que mút tem força<br />

superlativa: “sombras muito profundas”, “trevas espessas”. M. Dahood concorda,<br />

vocalizando a palavra como tsalmawet e citando outros substantivos compostos em<br />

ugarítico (Psalm s I, AB, p. 147). O vocábulo descreve a escuridão de pálpebras cansadas<br />

de tanto chorar (Jó 16.16), as densas trevas existentes num poço de mina (Jó 28.3), as<br />

trevas da morada dos mortos (Jó 10.21 e s.; 38.17) e as trevas anteriores à criação (Am<br />

5.8). Emocionalmente descreve a aflição íntima daquele que se revoltou contra Deus (Sl<br />

107.10-14; cf. 44.19 e s. [20 e s.]). Desse modo, em hebraico essa é a palavra mais forte<br />

para trevas.<br />

Uma vez que o ser humano utiliza as trevas como recurso para realizar seus feitos<br />

lastimáveis, o terror associado às trevas espessas se toma sua experiência matutina (Jó<br />

24.16 e s.). Não existe, porém, lugar suficientemente escuro que possa ocultá-lo dos olhos<br />

de Deus (Jó 34.22). Ademais, as trevas profundas jamais ameaçam a Deus; elas não o<br />

aterrorizam. Não importa quão escuro seja um lugar, pois Deus conduzirá o seu povo por<br />

esse lugar de modo que este povo não temerá mal algum e será confortado pela vara e o<br />

cajado de Deus (Sl 23.4). A aplicação desse salmo à experiência da morte é apropriada e<br />

tem consolado multidões de santos moribundos. As pessoas podiam acreditar nessa<br />

declaração do salmo, pois Deus já dera provas de sua capacidade de conduzir o seu povo<br />

através da secura e das trevas densas do deserto, desde o Egito até Canaã (Jr 2.6). Ele<br />

sempre pode trazer a luz para afastar os poderes das trevas espessas (Jó 12.22; cf. Am<br />

5.8). A demonstração mais impressionante seria quando Deus enviasse o Messias para ser<br />

luz para aqueles que habitam numa terra de trevas profundas (Is 9.2 [9.11). Por outro<br />

lado, no juízo Deus é capaz de transformar a luz em densas trevas (Jr 13.16).<br />

B ib lio g r a fia : — DHORME, E. Job. Nelson, 1967. — THOMAS, D. W. salmãwel in the<br />

Old Testarnent. JSS 7:191-200.<br />

J.E.H.<br />

1922 (tsll). IV. Aceita como raiz de:<br />

1922a (tslwl) kethib, (ts*lil) qere: b o lo , p ã o red o n d o (Jz 7.13).<br />

1923 (tslm ). Aceita como raiz de:<br />

1923a (tselem) im agem .<br />

Palavra empregada 16 vezes. O aramaico é usado de forma semelhante em Daniel<br />

2 e 3. Basicamente a palavra se refere a uma representação, uma semelhança. Cinco<br />

vezes diz respeito ao homem como ser criado à imagem de Deus. Duas vezes designa as<br />

cópias em ouro dos ratos e inchaços que afligiam os filisteus (1 Sm 6.5, 11; e veja-se<br />

‘õpel). Na maioria das vezes refere-se a um ídolo.<br />

Existem diversas palavras empregadas para designar ídolo (vejam-se nos verbetes<br />

gillül e ‘ãtsãb). Algumas, à semelhança de gillül, referem-se ao formato; outras, como<br />

hebel (IBB, “vaidade”), podem ser simplesmente um substituto depreciativo (Dt 32.21; Jr<br />

8.19). tselem refere-se à imagem como uma representação da divindade. Nesse sentido,<br />

as imagens eram terminantemente proibidas. Observe-se que nem toda escultura era<br />

proibida (cf. os querubins de ouro), mas apenas os ídolos.<br />

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