DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

620 mn (hwh)
que criou os céus, a terra e o mar. Segundo Salmos 97.7, “todos os deuses se curvam
diante dele”.
O segundo mandamento proíbe a adoração de qualquer imagem fundida ou de outros
deuses (Êx 20.5; 34.14; Dt 5.9). Os israelitas foram advertidos a não adorar os deuses dos
amorreus, dos heteus, etc. (Êx 23.24; Sl 81.9[101).
Apesar de tais advertências, Israel repetidamente adorou outros deuses (Dt 29.26[25];
Jz 2.12, 17; Jr 13.10; 16.11; 22.9). Tais deuses incluíam as divindades dos moabitas (Nm
25.2), dos edomitas (2 Cr 25.14), Astarote dos sidônios, Quemos de Moabe, Milcom dos
amonitas (1 Rs 11.33) e Baal de Sidom (1 Rs 16.31; 22.53(54]).
Numa passagem interessante o verbo é usado tanto para “adorar” quanto para
“curvar-se” sem a atitude de adoração. Depois de sua cura e conversão à adoração
monoteísta ao Senhor (2 Rs 5.17), Naamã, o oficial sírio, pediu a Eliseu: “nisto perdoe o
SENHOR a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele
se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom quando
assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo” (2 Rs 5.18).
Eliseu não fez objeções e disse: ‘Vai em paz”.
Uma passagem problemática é Gênesis 37.41, onde Jacó, antes de morrer, “se
inclinou sobre a cabeceira da cama” (m ittâ). A LXX, todavia, traz: “e Israel adorou, apoiado
na extremidade de seu bordão”, entendendo que as consoantes hebraicas apontavam para
a palavra matteh, “bordão,” “cajado”. A versão siríaca e a antiga versão latina (ítala)
concordam; Hebreus 11.21 cita a LXX. Neste contexto, Speiser sugere: “o termo ‘curvar-se’
não precisa significar aqui nada mais que um simples gesto de apreço silencioso...”. Cf.
ainda 1 Rs 1.47, onde Davi, moribundo, encurva-se sobre sua cama.
Veja também kãkap, kãrci‘, qãdad, sãgad, ‘ãbad.
B ib lio g r a fia : AP-Thomas, D. R., Notes on some terms relating to prayer, VT, 6:229-
30. — CRANFIELD, C. E. B., Divine and human action, Interpretation, 12:387-98. —
D AVIES, G. Henton, Worship in the OT, IDB, v. 4, p. 879-83. — DRIVER, G. R., Studies in
the vocabulary of the Old Testament, JTS, 31:279-80. — ROWLEY, H. H.. Worship in
ancient Israel, London, S.P.C.K., 1967. — WATTS, John D. W., Elements of Old Testament
worship, JBR, 26:217-21. — TDNT v. 6, p. 758-63. — THAT, v. 1, p. 530-2.
E.Y.
620 n n (hwh) Aceita como raiz de:
620a
nin (hòah) esp in h eiro.
G20b tnn (hãh) g a n c h o , a n el, broch e.
hãh ocorre sete vezes. Na lista de ornamentos pessoais dedicados ao Senhor (Êx
35.22), a palavra significa “broches” (ARA e ARC, “braceletes”; BLH, “pulseiras”).
Em todas as outras passagens a palavra refere-se a ganchos ou anéis usados para
capturar e controlar pessoas, empregando métodos normalmente usados para prender ou
puxar animais de carga. A advertência contra Senaqueribe (2 Rs 19.28; Is 37.29) pode ser
derivada de uma prática costumeira, pois há um alto-relevo assírio que mostra cativos que
traziam anéis que perfuravam seus lábios. (ANEP, fig. 447; cf. fig. 524).
E.Y.
621 BT1 (hwt). Aceita como raiz de:
436