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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1814 r n B (pãrah)<br />

Muitas vezes emprega-se o verbo metaforicamente para descrever, por exemplo, o<br />

“florescimento” do povo de Deus, especificamente Israel (Is 27.6), tanto n u m e r ic a m e n t e<br />

quanto em influência. Também refere-se mais comumente ao justo (tsaddtq; Sl 72.7;<br />

92.12-13 [13-14]; Pv 11.28; cf. Pv 14.11).<br />

perah. B o t ã o d e f l o r , b r o t o . Esse substantivo designa tanto botões de flores quanto<br />

flores (Nm 17.8 [23]; 1 Rs 7.26; Is 5.24; 18.5; Na 1.4). Também pode referir-se a<br />

ornamentos em forma de botão de flores (Êx 25.23, 31, 34; 37.17, 19, 20; Nm 8.4; 1 Rs<br />

7.49; 2 Cr 4.5), uma peça decorativa.<br />

1 8 1 4 r n 2 (pãrah) II> s u r g i r e r u p ç ã o ( d e l e p r a ) .<br />

Esse verbo descreve a erupção de doenças da pele, tais como lepra (?) e úlceras (Êx<br />

9.9-10). Além de Êxodo 9.9-10, pãrah II ocorre apenas em Levítico 13 e 14 (13.20, 25, 39,<br />

42, 57; 14.43).<br />

É questionável se devemos fazer distinção entre pãrah II, “surgir (uma doença)”, e<br />

pãrah I, “florescer”, “brotar”. BDB (p. 827) separa as duas raízes. KB (p. 778-9) trata-as<br />

como uma única raiz.<br />

A lepra pode “surgir” no lugar de uma antiga úlcera (Lv 13.20; ARA., “brotar”) ou no<br />

lugar de uma queimadura que não sarou (Lv 13.25; ARA, “brotar”). Manchas brancas<br />

“surgidas” na pele podem ser diagnosticadas como psoríase ou eczema (Lv 13.39; ARA,<br />

“impigem branca”). A lepra pode “surgir” numa cabeça calva, sendo sintoma uma mancha<br />

branco-avermelhada (Lv 13.42, ARA, “brotar”). A lepra pode “surgir” nas roupas (Lv 13.57;<br />

ARA, “brotar”; provavelmente mofo ou fungo). Finalmente, a lepra, espalhada por<br />

deterioração, podia “surgir” numa casa (Lv 14.43; ARA, “brotar”). Vejam-se tãmê” e<br />

tsara‘at quanto ao entendimento de que outras doenças transmissíveis também eram<br />

assim designadas.<br />

Existem dois tipos de lepra: 1) lepra nodular, em que o paciente exibe erupções que<br />

se transformam em nódulos, os quais subseqüentemente ficam ulcerados; 2) um tipo mais<br />

sério, lepra anestésica, que envolve a degeneração dos nervos, perda do tato e do<br />

movimento dos músculos, paralisia progressiva e, por fim, a perda das extremidades do<br />

corpo.<br />

Pouquíssimos leprosos são mencionados no AT. Entre eles estão: 1 ) Moisés (Ex 4 .6 e<br />

ss.); 2 ) Miriã (Nm 1 2 .1 0 e ss.); 3 ) Naamã ( 2 Rs 5 .1 e ss.); 4 ) Geazi (2 Rs 5 .2 7 ) ; 5 )<br />

Uzias/Azarias (2 Rs 1 5 .5 ) ; 6 ) os quatro leprosos no cerco de Samaria (2 Rs 7 .3 e ss.).<br />

Apenas a lepra de Uzias e dos quatro requeria exílio e banimento.<br />

O lugar de origem da lepra, como acontece com todas as enfermidades descritas no<br />

AT, não era o mundo da impureza ou demoníaco, mas o mundo de Deus. É o Senhor quem<br />

tornou Moisés (sua mão) e Miriã leprosos. Ele infectou casas com lepra contaminadora (Lv<br />

14.34). Eliseu, o profeta do Senhor, fez com que Geazi ficasse leproso por causa da cobiça<br />

deste. Uzias foi ferido pelo Senhor (2 Rs 15.5).<br />

“Conquanto o leproso fosse considerado cerimonialmente impuro, a Bíblia jamais se<br />

refere à lepra como algum tipo de pecado. Considerava-se o surgimento da lepra como um<br />

ato de Deus e, conseqüentemente, a cura da lepra era invariavelmente interpretada como<br />

um milagre da graça divina” (HARRISON; veja-se na bibliografia).<br />

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