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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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943 ~ m (kã b êd )<br />

desajeito ou im placabilidade. O segundo diz respeito a acontecim entos ou experiências,<br />

descrevendo sua severidade em term os de serem pesados. O terceiro indica tam anho ou<br />

núm ero em tais term os.<br />

O prim eiro uso acha-se na m aioria das vezes relacionado a Faraó, em sete passagens<br />

(Ê x 7.14; 8.15 [11], 28 [32]; 9.7, 34; 10.1; 1 Sm 6.6). A recusa de Faraó em sen sibilizar-se<br />

com a situação dos hebreus ou de atender seus clam ores é cham ada de peso ou<br />

endurecim ento do coração ( c f o estudo por G irdlestone, S O T , p. 66-7). A n alogam ente, os<br />

ouvidos (Is 6.10; 59.1; Zc 7.11), a língua (Ê x 4.10) e os olhos (G n 48.10) podem tornar-se<br />

em botados e insensíveis, ao passo que as m ãos podem ficar pesadas, isto é, exaustas (Êx<br />

17.12). N os três últim os casos há um a enferm idade física envolvida, m as o prim eiro<br />

expressa problem as espirituais.<br />

U sa-se cham ar algum a coisa de pesada, a fim de in dicar sua severidade, com<br />

referência ao trabalho (Ê x 5.9, e t c . ) , à servidão (1 Rs 12.10, e t c . ) , à guerra (Jz 20.34, e t c . )<br />

e às epidem ias (G n 41.31, e t c . ) . Três vezes expressa-se a severidade de tais infortúnios<br />

com o se fosse a m ão do Senhor a pesar sobre eles (c f. 1 Sm 5.6, 11; Sl 32.4). Da m esm a<br />

m aneira, as m ãos de alguém podem ser pesadas sobre outrem (Jz 1.35, Jó 33.7). E<br />

tam bém um a pessoa, m esm o sem necessariam ente assim desejar, pode tornar-se um peso<br />

para outra (2 Sm 13.25, 2 Cr 10.10, 14; 25.19; N e 5.15). O fato de que a severidade da<br />

escravidão é, com freqüência, indicada por m eio da expressão figurada “ju go pesad o” (1<br />

Rs 12.4; 2 Cr 10.4, 11) torna ainda m ais significativa a afirm ação de Jesus “o m eu ju go<br />

é su ave” (M t 11.28).<br />

É bem curta a transição da idéia de severidade para a de m agnitude, e em vários<br />

casos não é fácil id entificar claram ente qual a conotação da palavra, por exem plo, a<br />

declaração de que o pecado de Sodom a e G om orra era m uito pesado (G n 18.20). Q uer isso<br />

dizer que o pecado era grande ou que era sério? Da m esm a form a tam bém em Isaías<br />

24.20; Salm os 38.4 [5]; Jó 6.3, etc. De qualquer form a, está claro que o pecado é um peso<br />

que prostra aquele que o carrega, tornando a própria pessoa pesada e in sensível (Is 1.4;<br />

Pv 27.3). O utros usos, porém , são bastante claros. C f., por exem plo, N úm eros 20.20,<br />

“E dom saiu com um povo pesado” (lit.), ou 2 Reis 6.14, “um exército pesad o” (lit.).<br />

R eferências sem elhantes seriam Êxodo 12.38; 2 Crônicas 9.1; Isaías 36.2. H abacuque 2.6<br />

usa a palavra com esse sentido quando ataca aqueles que a si m esm o “se carregam ” de<br />

penhores (isto é, acum ulam -nos; cf. N a 3.15). Em um caso afirm a-se que A braão era bem<br />

pesado (Gn 13.2), e o contexto deixa claro que a referência é à m agnitude de sua riqueza.<br />

Isso é significativo para os usos posteriores.<br />

N o segundo principal grupo de conotações o uso figurado do term o é levado ainda<br />

m ais adiante. N este caso a idéia é de algo pesado no sentido de ser digno de m enção ou<br />

m arcante. T raduções usuais são “honroso, honrado, glorioso, glorificado” . Os graus nifal<br />

e piei têm , norm alm ente, essas conotações.<br />

A reputação da pessoa é de im portância fundam ental nesses usos. A ssim sendo, a<br />

pessoa de elevada posição social e com a decorrente riqueza era autom aticam ente alguém<br />

honrado, ou de peso, na sociedade (N m 22.15, e tc .). Tal posição, suas riquezas e um a vida<br />

longa eram usualm ente consideradas com o a ju s ta recom pensa de um a vida direita (1 Cr<br />

29.28, e tc .). E m bora quem chegasse a atingir esse nível fosse autom aticam ente honrado,<br />

tam bém está claro que se esperava que a pessoa fizesse ju s a tal honra e glória. O livro<br />

de Provérbios deixa claro que os adornos de glória sem a correspondente m agnitude de<br />

caráter era um a ofensa à vida (21.21; 22.4; 26.1; e tc .).<br />

A n alogam ente, pessoas em posição de responsabilidade e autoridade m ereciam honra<br />

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