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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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9 5 9 ]HD (kahan)<br />

Finalm ente, Zabude (1 Rs 4.5) tam bém não é m encionado em outra passagem . Ele<br />

pode ter sido um sacerdote que serviu pessoalm ente a Salom ão. Ou aqui a palavra<br />

“sacerdote” poderia até m esm o referir-se a Natã, o pai de Zabude. N a verdade, a m aioria<br />

dos MSS da LXX om ite a palavra “sacerdote” e eles podem estar corretos. É no m ínim o<br />

interessante notar que som ente esses quatro versículos sugerem que kõhên talvez refirase<br />

a um tipo diferente de ofício.<br />

Nas dem ais passagens do AT, kõhên reflete o sentido mais restrito de “m inistro das<br />

coisas sagradas, especialm ente dos sacrifícios”; cf. a atuação de M elquisedeque e de Jetro,<br />

os prim eiros sacerdotes citados nas Escrituras (Gn 14.18; Êx 18.12; em contraste com isso,<br />

a crítica negativa geralm ente associa a origem do sacerdócio com a entrega de oráculos,<br />

TDNT, v. 3, p. 260). No início, na hora de sacrificar, os hom ens eram seus próprios<br />

sacerdotes (Gn 4.3; Jó 1.5), mas já à época de Noé o trabalho sacerdotal havia-se tornado<br />

responsabilidade do chefe da fam ília patriarcal (Gn 8.20; c f Gn 12.8; Jó 1.5; Êx 19.22, 24<br />

nos períodos subseqüentes).<br />

N um certo sentido, todo o Israel era sacerdote do Senhor (Êx 19.6; cf. Os 4.6 quanto<br />

ao rejeitarem o kihên, “ser sacerdote” de Deus). Mas no Sinai ele lim itou o sacerdócio<br />

legítim o à fam ília do irmão de M oisés, Arão, da tribo de Levi (Êx 28.1; 40.12-15; Nm<br />

16.17; 17.8. C f as idéias evolucionistas que alegam que os levitas teriam sido adoradores<br />

de serpentes e os araonitas, adoradores de bezerro (T. J. M E E K , Hebrew origirts, p. 119-<br />

47). Na verdade, um sacerdócio válido só pode existir quando estabelecido pelo Senhor<br />

(Nm 18.7, kehunnâ), pois de acordo com as Escrituras som ente Deus ou seu representante<br />

oficial pode operar a expiação m ediante a qual se processa a satisfação exigida pelo<br />

pecado (Sl 65.3 [4]; Êx 29.36; A. B. DAVIDSON, The theology o f the OT, p. 321). Arão<br />

carregava os nom es das 12 tribos escritos em suas vestes litúrgicas (Êx 28.12, 21, 29) de<br />

m odo a apresentá-las diante de Deus quando aparecesse para m inistrar a propiciação e<br />

reconciliação divinas (v. 38). Ele continuou ocupando sua função apesar do seu fracasso<br />

no incidente do bezerro de ouro (32.4, 21).<br />

Pouco depois do térm ino do tabernáculo (Êx 35— 38; 40), que incluía os elaborados<br />

apetrechos e roupas sacerdotais (Êx 39; c f Is 61.10, como um noivo que “se adorna”,<br />

kihên, isto é, “se adorna como um sacerdote”) e a revelação das leis divinas acerca do<br />

sacrifício (Lv 1— 7), Arão foi consagrado como sumo sacerdote de Israel, e seus quatro<br />

filhos, como sacerdotes (Lv 8— 9). A função básica deles era oficiar no novo santuário (Dt<br />

18.5) e orar pelo povo (J1 2.17). Eles tam bém deviam estabelecer um exem plo pessoal de<br />

santidade (Dt 33.9), “consultar D eus” em oráculos (veja ’urim) e ensinar a lei (Lv 10.11;<br />

M q 3.11; Ml 2.7; até m esm o em viagem , 2 Cr 17.9). As duas últim as responsabilidades<br />

tornavam apropriado para os sacerdotes tam bém servirem como juizes (Dt 17.9). Logo<br />

depois de sua nom eação, os dois filhos mais velhos de Arão foram m ortos por Deus por<br />

violarem suas funções (Lv 10.2). Mas ser descendente de Eleazar e Itamar, os dois filhos<br />

de Arão que sobreviveram , continuou sendo o meio pelo qual Israel identificou, daí por<br />

diante, os sacerdotes divinam ente autorizados (Ed 2.62; 1 Cr 24).<br />

Os sacerdotes do AT eram tipos de Cristo (Hb 8.1), que operou a derradeira<br />

propiciação pelos pecados do povo (2.17). H á profecias que sugerem um reaparecim ento<br />

futuro dos levitas (Jr 33.18; Zc 12.13; Ez 41.46 s.), mas a igreja do N T apresenta um<br />

sacerdócio universal dos crentes (1 Pe 2.5; Ap 5.10; Jr 31.34).<br />

B i b l i o g r a f i a : AI, pp. 345-405. — PAYN E, J. B. Theology o f the Older Testarnent.<br />

Zondervan, 1971. pp. 372-80. — RlCHARDSON. TW B. pp. 210-1. TDNT. v. 3, pp. 260-3.<br />

J.B.P.<br />

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