DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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oferecer exemplos de tais récitas (Sl 104. 105. 106).
O hifil de zãkar geralmente é traduzido de duas maneiras: 1) “mencionar”, “invocar”
ou “declarar” e 2) “relembrar” alguém de alguma coisa, i.e., o sentido causativo de
“lembrar”. No primeiro grupo de significados, o hifil designa a invocação audível do nome
de Deus (Êx 23.13; observar a expressão “de vossa boca”). Refere-se à invocação dos nomes
de deuses falsos (Js 23.7; observar outros elementos rituais no contexto: “jurar”, “sirvais”
e “adoreis"). Expressa o desejo de José de ser mencionado pelo copeiro-chefe diante de
Faraó (Gn 40.14). Em Isaías 49.1. o paralelo contextual “chamou” indica que uma menção
audível é o sentido de “fez menção do meu nome”. A menção audível da arca acarretou a
morte de Eli (1 Sm 4.18). Uma proclamação oficial pode ser assim descrita; a ARC está mais
próxima do sentido de uma proclamação ao traduzir zãkar por “contar” em Isaías 12.4
i a r a , “relembrar”). Salmos 20.7 se refere à proclamação pública, apesar de o significado
exato não ser claro. O hifil particípio designa a função do “cronista” (2 Cr 34.8). Isto
poderia significar o indivíduo que “proclama” ou “faz conhecidos” por meio de registros
escritos, não por declarações audíveis.
No entanto, para o segundo grupo de significados, “relembrar”, nào há exemplos
indisputáveis. As passagens assim traduzidas podem ser entendidas como exemplos do
grupo de significados mencionado acima. O ato de “conservar a memória” desejado por
Absalão (2 Sm 18.18) poderia ter sido facilmente uma cerimônia audível demonstrando
respeito filial. O pequeno grupo de passagens que envolve trazer pecados à memória
provavelmente se refere a acusações judiciais públicas (1 Rs 17.18; possivelmente Nm
5.15). Em outras passagens Deus desafia seu povo a acusá-lo (Is 43.26; ARA, “desperta-me
a memória”) para que o caso possa ser publicamente julgado. Para o copeiro-chefe, este
termo descreve a confissão pública de erros pessoais (Gn 41.9). “Proclamar” o nome de
Deus encaixa-se bem com o contexto de Salmos 45.17 (ARA, “farei celebrado”). De igual
m o d o , uma forma qualquer de declaração pública (BJ, “celebremos”; BLII, “cantaremos”)
é apropriada em Cantares 1.4. (O sentido exato dos verbos no hifil em títulos de salmos
— 38, 70 — é incerto, embora tenham sido entendidos normalmente como “invocar”; cf.
1 Crônicas 16.4, onde, se o sentido for “invocar”, provavelmente haja uma referência à
prática litúrgica do uso de salmos como o 38 e o 70.) Com base nos exemplos acima, este
autor conclui que o sentido “relembrar” para o hifil é dúbio.
O nifal oferece a forma passiva tanto para o qal quanto para o hifil. Expressa “ser
lembrado” (Jó 24.20). “Ser lembrado” pode ser seguido pelo ato apropriado de “ser liberto”
Nm 10.9). É possível que a meretriz cantasse para “ser notada” ou para que “se lhe desse
atenção” (Is 23.16), tanto quanto para “ser recordada”. A idéia passiva “ser invocado”
ocorre em Oséias 2.17[191 (ARC, “não virão mais em memória”) e Zacarias 13.2 (ARA, “deles
não haverá mais memória”).
zéker. L em brança, com em ora çã o, in voca çã o, nom e. A gama de significados deste
substantivo indica que é um substantivo verbal geral para toda a amplitude de significados
dc verbo zãkar. Refere-se ao ato mental da memória: a perda da memória ou da lembrança
de um grupo expressa a sua destruição total, como no caso dos amalequitas (Êx 17.14),
dos ímpios (Jó 18.17) ou do próprio homem em geral (Ec 9.5). Pode designar a
ccrr.cmoração de uma festa (Et 9.28). “Notar” ou “prestar atenção” descreve bem a
j^rm anente “lembrança” dos justos (Sl 112.6; “Ele não é abalado; o justo é para atenção
|de Deus] eterna” — tradução literal).
Outros contextos lidam com formas variadas de expressão audível ou pública. A
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