DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1456 D3Ç (sãbab)
Isaías (56.12) lam enta que os supostos pastores das ovelhas, os líderes de Israel, se
entregaram ostensivamente à bebedeira, dessa maneira expondo o rebanho a um grande
perigo da parte do inimigo.
Naum (1.10) relata que os assírios de sua época ficaram tão satisfeitos com suas
vitórias que se entregaram à bebedeira (observe-se que sõbe' também aparece nesta
passagem ). Parece que a advertência contra uma vida desregrada (zõlêl; a ra , “com ilões”)
e de em briaguez (sõbè') faz bastante sentido (Pv 23.20-21).
s õ b e ’. V in h o, b eb id a . O substantivo sõbe*, que significa “bebida ferm entada”, é
provavelmente um cognato do acadiano sabü, sibu, “cerveja branca” (cf. árabe siba\
“vinho”).
sõbe’ descreve o adultério espiritual de Jerusalém (Is 1.21 e ss.). Oséias (4.18), que
viveu um pouco antes de Isaías, também afirma que o reino do norte se caracteriza por
falência e prostituição espirituais totais, alcançando tanto sacerdotes quanto o povo em
geral.
sã b ã ’. B êb a d o. Na difícil e bastante debatida passagem (Ez 23.42) que envolve o
derivado nominal, sãbã’, parece que este é mais bem traduzido por “bêbados” (i.e.,
estrangeiros idólatras e pândegos, os quais ensinaram Israel a se prostituir ainda mais
espiritualm ente.)
R.D.P.
1456 32 D (sãbab) g ir a r , a fa sta r-se, v o lta r-se p a r a , v a g u e a r , r o d e a r , c e r c a r ,
m u d a r d e d ireçã o .
Term os Derivados
1456a tn3D (sibbà), HZOj (nesibbâ) r e v ir a v o lta (n os a c o n tecim e n to s ).
1456b (sãbib), IlÇíC (m úsãb) r e d o r , a rred o r.
1456c t —OQ (m êsab) a rred o res.
O sentido básico da raiz parece envolver a idéia de “girar ao redor de” ou “ir em torno
de”. Com esse sentido a raiz também é encontrada em ugarítico e aramaico (c f árabe
sababun, “corda”). Parece que uma raiz possivelm ente aparentada deu origem a vocábulos
em sem ítico do sudeste (c f, no dialeto tigre, sàbàbà, “trança”) e em acadiano (sabãbu,
“rodear”).
A raiz ocorre mais de 150 vezes, geralmente como um simples verbo de m ovimento,
quer referindo-se a um indivíduo (1 Sm 7.16), a um povo (Js 6.3), a uma porta que se
revolve em seus gonzos (Pv 26.14) ou ao ciclo do vento (Ec 1.6).
Existem também algumas expressões figuradas, especialm ente em contextos éticos
ou jurídico-legais. Com esse sentido o verbo é usado para referir-se à transferência do
reino para outrem (1 Rs 2.15; 1 Cr 10.14) e à intransferibilidade, de uma tribo para outra,
de propriedades herdadas no Israel antigo (Nm 36.7, 9).
O vocábulo descreve o juízo divino contra o pecado, quer dos pagàos (Hc 2.16) quer
do seu próprio povo. Oséias (7.2) lamenta que Israel tenha ido tão longe a ponto de deixar-
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