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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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546 (zãhal)<br />

5 4 6 (zãhal) II, te m e r , te r m e d o (apenas? em Jó 32.6).<br />

547 ”H (zfd), ~H? (züd) ferv er, ferv ilh a r, a g ir org u lh osa m en te, a ^ ir co/w<br />

p resu n çã o , reb ela r-se, a g ir com soberba.<br />

Termos Derivados<br />

547a<br />

fTT (zérf) sob erb o, a rrogante.<br />

547b Czâdôn) soberba, org u lh o, a rrogância .<br />

547c<br />

t]ÍTT (zêdôn) org u lh oso; fervilh a n te, tu rbu lento.<br />

547d 7 TI (ncLzid) a lim e n to co zid o , co zin h a d o .<br />

Pelo fato de a raiz propriamente dita não aparecer no a t , sua grafia, com yod ou waw<br />

médio, não é certa. O verbo aparece apenas nos graus qal e hifil, sem distinção clara de<br />

sentido entre eles. Na esfera física significa “ferver”; na esfera psicológica significa “agir<br />

com soberba”. Contando todos os termos derivados, a raiz ocorre 4 0 vezes no AT.<br />

O verbo é usado apenas uma vez em relação a ferver ou cozinhar (Gn 25.2 7 -34). O<br />

texto afirma que Jacó tinha feito um “cozinhado" (ARC, “guisado”, v. 29).<br />

A forma verbal é usada oito vezes com referência a personalidade, e três dos termos<br />

derivados são usados apenas nesse campo semântico. A idéia básica é de orgulho, de<br />

sensação de auto-importância, que freqüentemente é exagerada para incluir desafio e até<br />

rebeldia. Em Provérbios 11.2, por exemplo, o orgulhoso é contrastado com o humilde (cf.<br />

Pv 13.10). Uso semelhante se acha em Jeremias 49.16; 50.31, 32; Ezequiel 7.10, com a<br />

implicação adicional de que Deus se opõe fortemente a tal orgulho.<br />

zid é freqüentemente usado para referir-se a três aspectos específicos do orgulho. Um<br />

deles é a presunção. A pessoa orgulhosa age presunçosamente demais a seu favor,<br />

especialmente no que diz respeito à autoridade. O falso profeta, por exemplo, era alguém<br />

que se atrevia a falar em nome de Deus, tomando por certo ter autoridade para fazê-lo<br />

sem, no entanto, ter sido chamado (Dt 18.20; c f v. 22, onde ocorre o substantivo derivado<br />

do verbo). Os falsos deuses também são denunciados como seres que arrogam para si<br />

autoridade que nào têm (Êx 18.11); Babilônia, por sua vez, reivindicou demais para si<br />

mesma em contrariedade ao Santo de Israel (Jr 50.29). A mesma presunção se mostrou<br />

nos egípcios quando sujeitaram os israelitas à escravidão (Ne 9.10).<br />

O segundo aspecto é a rebeldia ou desobediência. A pessoa orgulhosa sustenta sua<br />

opinião a ponto de se rebelar contra quem esteja em posição de autoridade sobre ela. Os<br />

israelitas impuseram assim a sua vontade contra a vontade de Deus quando subiram para<br />

enfrentar os cananeus, apesar de Deus lhes ter proibido fazê-lo Dt 1.43). O mesmo<br />

pensamento está contido em Neemias 9 .1 6 ,2 9 . Eliabe, irmão mais velho de Davi, acusou-o<br />

de ter vindo ao campo de batalha com os filisteus por puro orgulho (1 Sm 17.28, onde<br />

zãdòn é usado com o sentido de hybris, “prepotência” ou “arrogância”).<br />

O terceiro, intimamente relacionado ao segundo, traz consigo o elemento adicional<br />

da decisão voluntariosa. Se uma pessoa agisse de maneira arrogante e premeditadamente<br />

matasse o seu próximo, sua própria vida era exigida como punição. Se o homicídio não<br />

fosse intencional, todavia, havia um local de refúgio disponível para ela (Êx 2 1.14). Na<br />

verdade, se uma pessoa intencionalmente desobedecesse ao sacerdote, acarretando ou não<br />

homicídio, teria de pagar com a vida (Dt 17.12, 13, onde tanto zid quanto zãdòn são<br />

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