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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2325 (s h ã g â )<br />

35.11, 15; Josué 20.3, 9 (cidades de refúgio como lugares seguros para os que cometem<br />

hom icídio sem ter havido intenção ou premeditação).<br />

A teologia protestante tem sido dominada por dois conceitos básicos de pecado. Um<br />

dos conceitos é o de que o pecado é a quebra consciente ou inconsciente da lei. Esse é o<br />

tratamento objetivo do pecado ou a interpretação legal. E, certamente, as ilustrações<br />

acima, tiradas de Levítico 4— 5 e Números 15 dão sustentação a esse ponto de vista. O<br />

pecado era uma clara violação da aliança, fosse essa violação voluntária ou involuntária.<br />

O ter havido ou não vontade de cometer o erro não alterava a situação objetiva. Pecados<br />

cometidos “por ignorância” ainda eram pecados e requeriam expiação.<br />

O outro conceito podemos denominar de entendimento ético do pecado. Com isso se<br />

quer dizer o envolvim ento da vontade humana e da responsabilidade pessoal. Aqui a<br />

ênfase recai sobre o elem ento subjetivo. Nenhum dos dois conceitos é totalm ente correto<br />

a ponto de excluir o outro. Ambos são bíblicos e devem ser mantidos em tensão.<br />

Voltando-se ao shegãgâ, um pecado desse tipo pode ser resultado de duas causas:<br />

negligência ou ignorância. As duas possibilidades são: ou a pessoa conhece a lei, mas sem<br />

intenção a quebra, como no caso de homicídio acidental (Nm 3 5 .2 2 e ss.; Dt 1 9 .4 -1 0 ; Js<br />

2 0 .2 -6 , 9 ) ou age sem saber que está errada. Algumas ilustrações de pecados desta última<br />

categoria são: Gênesis 2 0 .9 (a queixa de Abim eleque a Abraão); Números 2 2 .3 4 (Balaão<br />

dizendo: “pequei, porque não soube que estavas neste cam inho”). Em contraste com estes<br />

pecados existem aquele cometidos “com mão erguida” (ARA, “atrevidam ente”, Nm 1 5 .3 0 ),<br />

para os quais não há nenhuma expiação, quaisquer que sejam os meios de sacrifício. Aqui<br />

o crente do NT pode ter um a idéia das limitações do sistem a sacrificial levítico. O fato de<br />

esse sistem a ser incapaz de proporcionar um sacrifício para o pecado premeditado aponta<br />

para o cam inho de um sacrifício melhor, aquele encontrado em Cristo.<br />

B ib lio g r a fia : — DEVRIES, S . Ignorance. IDB. v . 2, p. 6 8 0 -1 . — KlNGHORN, K . Bibíical<br />

concepts o f sin. Wesleyan Theological Journal 1 :2 1 -6 . — MlLGROM, J. The cultic & G ÃG Ã<br />

and its influence in Psalms and Job. JQR 5 8 :1 1 5 -1 2 5 . — SAY<strong>DO</strong>N, P. Sin-offering and<br />

trespass-offering. CBQ 8 :3 9 3 -8 . — THAT. v. 2, p. 8 6 9 -7 2 .<br />

V.P.H.<br />

2325 nX) (shãgâ) e x tr a v ia r -s e , d e sen ca m in h a r-se, e r r a r .<br />

Termos Derivados<br />

2325a trrçr# (sheg i ’â) e r r o (Sl 19.13).<br />

2325b (m ishgeh) e n g a n o (Gn 43.12).<br />

O verbo ocorre 21 vezes, 17 delas no qal e quatro no hifil (Dt 27.18; Jó 12.16; Sl<br />

119.10; Pv 28.10).<br />

A ênfase básica da raiz shãgâ é o pecado cometido sem intenção. Isso se vê de<br />

diversas maneiras. Primeiramente, os dois derivados de shãgâ, a saber, shrg t ’â e<br />

m ishgeh, indicam um ato cometido na ignorância, sem intenção. Em segundo lugar, no<br />

tratado em levítico dos “pecados por ignorância” (Lv 4.2 e ss.), shãgâ sozinho significa<br />

“pecar por ignorância” (v. 13) e é comparável às expressões hãtâ bishgãgâ e ‘ãsâ<br />

bishgãgâ, que aparecem no mesmo capítulo (w . 2, 27, e v. 22, respectivamente). Em<br />

terceiro lugar, Jó jam ais nega que tenha pecado, mas pede que o alertem em que pecou<br />

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