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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2251 C2Ç Csãtam)<br />

nada lhe acontecia. Num caso ou noutro esse procedimento resolveria a questão,<br />

tranqüilizando um marido desconfiado, e ao mesmo tempo causava temor nos<br />

espectadores, fazendo com que permanecessem puros. Ao contrário do que alguns têm<br />

afirmado, esse não era um ordálio, pois não havia nenhum perigo inerente em beber a<br />

água. Na realidade isso constituía um meio de detectar mentiras. Qualquer mulher que,<br />

sem demonstrar nenhum sentimento de culpa, fizesse aqueles juramentos solenes era<br />

provavelmente inocente (veja-se betülim). éãtâ é usado ainda com referência a esse<br />

assunto nos versículos 19, 20 e 29 desse mesmo capítulo.<br />

Provérbios 7.25 admoesta: “Não se desvie [sãíá] o teu coração para os caminhos dela<br />

[i.e., da prostituta]”. Aqui, como nas quatro ocorrências em Números 5, emprega-se éãtâ<br />

para designar a ação de desviar-se para a impureza moral.<br />

Em Provérbios 4.15, contudo, parece que ocorre um trocadilho que faz contraste com<br />

as palavras encontradas em Números 5.12. Nos dois casos, a expressão em hebraico é sãtâ<br />

ma‘al. Em Números 5.12 tem o sentido de “desviar-se com infidelidade” (lit.; éãtâ (...)<br />

m a‘al), ao passo que em Provérbios 4.15 há uma advertência ao ouvinte para que “se<br />

desvie dele [sãtâ m tá íY , i.e., desvie-se do caminho ímpio! [As expressões são formadas<br />

pelas mesmas palavras com formas gramaticais diferentes. N. do T.]<br />

G.G.C.<br />

2251 C2Ü (sãtam) o d ia r , op or-se.<br />

Termo Derivado<br />

2251a uDIDüÇ (maétém â) a n im o sid a d e (Os 9.7, 8).<br />

Esse termo, de acordo com BDBt significa “carregar animosidade contra”; o seu<br />

emprego mais amplo sugere um significado mais abrangente do que apenas ódio. Quanto<br />

a sinônimos, veja-se sã n ê'.<br />

Esaú, depois de ter sido enganado, passou a ter um rancor profundo de Jacó e dos<br />

pais (Gn 27.41). (A Bíblia fala que esse mesmo rancor apoderou-se dos descendentes de<br />

Esaú durante várias gerações. Amós 1.1 — que, por sinal, não emprega sãtam — diz que<br />

a descendência de Esaú tinha uma raiva incessantemente destroçadora e que guardou a<br />

indignação para sempre.) Esse rancor em Esaú se tornou uma animosidade<br />

profundamente arraigada, que levou a um incessante assédio e perseguição de seu irmão,<br />

Jacó, e dos descendentes deste. Os irmãos de José ficaram preocupados à toa de que José<br />

também estivesse alimentando um profundo rancor contra eles porque o tinham vendido<br />

como escravo (Gn 50.15). Esse termo designa as conseqüências trágicas que resultam de<br />

um coração que não perdoa. Na realidade Gênesis 49.23 provavelmente chama a atenção<br />

para o ressentimento (Speiser traduz por “hostilidade”, Genesis, em AB) que os irmãos<br />

originariamente sentiram por José. Mas José havia perdoado a tudo.<br />

Jó (16.9; 30.21) fala de ser perseguido por motivo desconhecido; tem-se a impressão<br />

de que Jó estaria dizendo que Deus tinha rancor contra ele. (Se é isso o que ele quis dizer,<br />

pode-se entender mais facilmente por que Jó recebeu uma censura severa da parte de<br />

Deus.)<br />

G.V.G.<br />

1473

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