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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2410 'Dü (sh ã m én)<br />

e agora era uma desolação (shèmãmâ). Em Joel 2.3 a terra que antes da praga de<br />

gafanhotos tinha sido “como jardim do Éden”, agora se tom ara um “deserto assolado”.<br />

Outros lugares de desolação são lugares altos (Ez 6.6), as portas de Jerusalém (Lm 1.4),<br />

um acampam ento (Sl 69.25 [261), depósitos (J1 1.7), estradas (Is 33.7 [8]) e altares (Ez<br />

6.4).<br />

O livro de Daniel traz quatro passagens que em pregam a form a polel do verbo<br />

(rrfshõmêm e shômém ). Aqui há uma força causativa (ou melhor, factitiva) sem elhante<br />

ao uso do hifil, com a diferença de que o hifil geralm ente envolve uma devastação física,<br />

ao passo que o polel aparentemente ressalta o fato de que alguém profanou o santuário<br />

ou altar, desse modo deixando-o imprestável para a adoração e o serviço a Deus. Essas<br />

passagens são Daniel 8.13; 11.31; 9.27; 12.11. Descreve-se Antíoco Epifânio nas primeiras<br />

duas passagens como alguém que acaba com os devidos sacrifícios e em 11.31 como<br />

alguém que estabelece um a “abom inação” (shiqquts), o que geralm ente é entendido como<br />

um ídolo ou altar pagão. N essa atividade ele prefigura o ânticristo, conform e descrito em<br />

9.27 e 12.11. Jesus se refere às práticas idólatras que o ânticristo trará com a expressão<br />

“o abom inável da desolação” (M t 24.15; Mc 13.14). É a presença dessa abom inação no<br />

santuário que o deixa desolado, im próprio para a devida adoração.<br />

Em apenas uns poucos casos especiais, o povo é o objeto da devastação. É assim que<br />

Jerem ias fala acerca de si m esmo com o alguém que foi feito “em pedaços” e deixado<br />

“desolado” (Lm 3.11; cf. também 1.13). Obviamente isso é linguagem figurada. Há três<br />

passagens em que um a m ulher é chamada de “desolada”. Em Isaías 62.4 Deus diz que,<br />

quando redimir Israel, seu povo não mais será tratado com o uma m ulher que foi<br />

“desam parada” e “desolada”, mas sim com o “Hefzibá” (ibb, i.e., “Meu prazer está nela”)<br />

e “B eulá” (IBB, i.e., “Desposada”). Passagem sem elhante a essa é Isaías 54.1.<br />

A partir do que se viu acima, não é difícil ver com o teve origem o segundo uso<br />

principal da raiz, os sentidos de “horror” e “estarrecim ento”, que são reações provocadas<br />

pela visão da desolação. É a reação íntim a diante do cenário externo. Exemplos são<br />

Jerem ias 4.9; 1 Reis 9.8; Salm os 40.15 [16]. Em passagens com o 2 Reis 22.19 e<br />

Deuteronom io 28.37, Israel se torna um “ [objeto dei pasm o” para aqueles que o<br />

contem plam ; aqui se emprega shammâ junto com palavras tais com o “provérbio”, “m otejo”,<br />

“m aldição”.<br />

sh a m m â . D e s o la ç ã o , h o r r o r , a ssom b ro. Esse substantivo é usado 39 vezes. Parece que<br />

a diferença básica entre shammâ e shemãmâ reside no fato de que na m aioria das<br />

passagens shammâ ressalta o horror provocado pela desolação do juízo. E com freqüência<br />

em pregado com palavras tais com o “m aldição”, “censura”, “objeto de escárnio”, “vaia”.<br />

Assim sendo, em shem ãmâ a ênfase recai geralm ente sobre a desolação em si, ao passo<br />

que em sham m â, sobre a reação que isso causa. O verbo shãmam cobre ambas as idéias.<br />

B ib lio g r a fia : — D ew ard, Eileen F. M oum ing customs in I, II Samuel. JJS 23:1-27,<br />

145-66. — TDNT. v. 3, p. 29-36. — THAT. v. 2, p. 970-3.<br />

H.J.A.<br />

(.shimmãmôn). Veja o n? 2 409e.<br />

2410 (shãm én) s e r g o r d o , en g o rd a r.<br />

1583

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