DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

667 'fbr (hãlats)
666c (hãlipâ) a to d e tr o c a r (d e ro u p a ), su b stitu içã o .
666(1 (mahãlãp) fa c a (q u e c o r ta d e um la d o a o u tro?).
666e ns^ljD (m ahãlãpâ) tra n ça s, m ech a s (d e ca b elo ).
O ugarítico tem um cognato do último derivado, mhlpt, “mecha de cabelos”
(A is tle itn e r , WUS, n.a 1035). O árabe halafa é usado com o sentido de “substituir”, “vir
depois de”. Daí vem a palavra “califa”, título dos antigos governantes turcos.
No qal o uso do verbo é ilustrado em Juizes 5.26. Jael traspassou as têmporas de
Sísera (cf. Jó 20.24). Tufões, conquistadores e espíritos passam diante das pessoas ou por
elas (Is 21.1; 8.8; Jó 4.15). O verbo também é empregado para designar o crescimento da
relva (Sl 90.5, 6) e para o renovo que brota do cepo de uma árvore (Jó 14.7).
Este último uso é de particular interesse, pois baseia-se no conceito de Jó acerca de
uma vida futura (3.11-15). Então ele suplica o alívio divino, pois parecia que Deus estava
a ponto de destruí-lo (10.8, 9). Em seguida, num versículo difícil, ele afirma sua esperança
(13.15) e sua certeza de vindicação (13.18). No capítulo 14 ele tece considerações explícitas
sobre a vida após a morte. Em primeiro lugar, ele cita o caso de uma árvore que, quando
derrubada, “torna a brotar” (TB, IBB, v. 7, hifil de hãlap). Não é assim com o homem.
Valendo mais que uma árvore, ele morre e não se levanta. Jó considera isso impensável
e suscita a pungente pergunta: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?”. A
partir de sua ilustração da árvore, ele responde a seu próprio clamor com uma declaração
de fé. Jó ainda aguarda que aconteça o seu próprio “tornar a brotar” (v. 14, hãlipa). Ele
está certo de que Deus terá respeito por ele, ansiará por Jó, obra de suas próprias mãos.
Interpetada à luz da palavra-chave hãlap, a passagem prepara para uma passagem mais
famosa sobre o assunto, Jó 19.23-27.
B ib lio g r a fia : Harris, R. L., The book of Job and its doctrine of God. Grace Journal,
13:28-29.
R.L.H.
667 f ? n (hãlats) 1, tira r, r e tir a r , r e tir a r -s e (qal); sa lv a r , s e r sa lv o (piei, nifal).
Termos Derivados
667a (hãlitsâ) a q u ilo q u e é a r r a n c a d o d e u m a p esso a , co m o
d esp o jo , n a g u erra . Ocorre apenas em 2 Samuel 2.21 e Juizes 14.19.
667b
vmahãlãtsâ) v este cerim on ia L
Na Bíblia este verbo é usado com o sentido acima no grau qal apenas quatro vezes
(Dt 25.9; Is 20.2; Lm 4.3; Os 5.6). Em Levítico a palavra tem este sentido duas vezes no
piei (Lv 14.40, 43). O outro sentido, “salvar’’, “livrar”, é encontrado apenas em material
poético em Jó, Salmos e Provérbios. Nesses livros o verbo é encontrado 16 vezes com o
sentido de “salvar”, a maioria delas em Salmos. Esse uso no AT reflete-se em nomes
teofóricos fenícíos, tais como hãlatsba‘al (Baal salvou). Os dois significados estão dentro
do mesmo domínio semântico. O salmista está em dificuldades e clama ao Senhor para
“livrá-lo” de sua aflição. Em Salmos 7.4(5] o próprio salmista é o agente, em vez de o
objeto, de livramento. Aqui ele aborda o sublime tema de fazer o bem aos inimigos,
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