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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1379 *OÇÜ (nãsas)<br />

Term o Derivado<br />

1379a 03 (nés) poste de sinalização, estandarte, emblema, bandeira, sinal,<br />

vela (de embarcação).<br />

No AT o nês geralm ente significa um ponto de reunião ou um estandarte que<br />

convocava as pessoas para algum a ação conjunta ou para a com unicação de uma<br />

inform ação im portante. Em geral isto se dava num local elevado ou bem visível dentro do<br />

acam pam ento ou da com unidade. A li um poste de sinalização, às vezes com uma bandeira<br />

hasteada, podia ser erguido de modo que todos pudessem enxergá-lo ou de m odo que fosse<br />

um objeto de esperança. A palavra ocorre 21 vezes. Em Êxodo 17.15, porém, a IBB não<br />

traduz nês no título “Jeová-N issi”.<br />

As pessoas se reuniam em tom o de um nês por vários m otivos, dos quais um dos<br />

m ais im portantes era a arregim entação de tropas para a guerra. Os escritos proféticos<br />

enfatizam especialm ente este uso do estandarte. Isaías 5.26 descreve Deus arvorando um<br />

estandarte entre as nações, sinalizando para os soldados assírios para se arregim entarem<br />

contra o pecam inoso Israel. A trom beta era, muitas vezes, utilizada com o um alarm e de<br />

guerra para arregim entar os soldados em torno do nês. Jerem ias diz: “Arvorai um<br />

estandarte na terra, tocai a trom beta entre as nações, preparai as nações contra ela”<br />

(51.27; veja tam bém 4.21; Is 18.3). O estandarte era, em geral, erguido sobre uma<br />

m ontanha ou outro local elevado (Is 13.2; 18.3; 30.17). Ali podia-se fazer anúncios públicos<br />

(Jr 50.2). Soldados em pânico, abandonando o estandarte, indicavam derrota (Is 31.9).<br />

Q uando um estandarte era erguido na direção de uma cidade, esse era um sinal para seus<br />

m oradores “fugirem e não se deterem ”, isto é, buscarem um lugar seguro, antes do ataque<br />

contra a cidade (cf. J r 4.6).<br />

Em duas oportunidades usa-se nês no sentido de “vela (de em barcação)”. Em Isaías<br />

33.23 (cf. M ishna, Baba Bathra 5a), o profeta dirige-se a Sião com o se esta fosse um<br />

navio: “as tuas enxárcias estão frouxas, não podem ter firm e o m astro, nem estender a<br />

vela [nês]”. Em Ezequiel 27.7 encontra-se a descrição de Tiro com o um navio resistente,<br />

cuja vela (feita de “linho fino bordado do Egito”) servia-lhe de insígnia (nês). É possível<br />

que o brasão de arm as da cidade fosse de fato bordado na vela. A Encyclopedia Judaica<br />

(v. 6, p, 1335) assinala que m urais em tú m u los m ostram que navios judeus le v a v a m<br />

em blem as. Além disso, o Targum fala de bandeiras coloridas feitas de seda.<br />

Tam bém se em prega o vocábulo nês nos profetas em referência ao retom o a Sião.<br />

Uma “bandeira” há de ser aprovada sobre as nações (Is 62.10), e elas trarão os filhos e<br />

filhas de Sião de volta à sua terra (Is 49.22).<br />

Não é de surpreender que Isaías, o profeta cristológico por excelência, personifique<br />

o nês. Diz ele: “N aquele dia a raiz de Jessé será posta por estandarte dos povos, à qual<br />

recorrerão as nações” (IBB, 11.10; cf. 11.12). Assim o rei m essiânico de Israel será erguido<br />

(cf. J o 3.14; Fp 2.9) a fim de que todos possam reunir-se em to m o dele.<br />

Quatro vezes o Pentateuco em prega nês. Quando os am alequitas foram derrotados<br />

(Êx 17.15), M oisés erigiu um altar para com em orar a vitória. Percebendo que o Senhor<br />

era a bandeira em torno da qual Israel se havia arregim entado, ele cham ou o altar de<br />

“Jeová-M ssí” (IBB), i.e., “O SENHOR é a m inha bandeira” (a r a ). M ais tarde, no deserto,<br />

M oisés ergueu no m eio do povo uma serpente de bronze colocada num poste (nês, Nm<br />

21.8-9). Este ponto de convergência para a cura e a vida tornou-se uma lição ilustrada e<br />

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