DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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podia fazer com que seus anjos servissem como rühôt, “ventos” (Sl 104.4, não “espíritos”;
Hb 1.7) ou fogo (cf. 1 Rs 19.11-12). Satanás é o grande espírito acusador (1 Rs 22.21).
Outros espíritos malignos podiam cair sobre os homens, conforme determinado por Deus
(1 Sm 16.14; 18.10; 19.9).
O exemplo supremo de personalidade espiritual é Deus (Is 31.3). A palavra rüah pode
exibir uma ampla gama de sentidos. O “sopro” (ARA, “hálito”) de Deus pode ser um vento
forte (Is 40.7; 59.19; cf. Nm 11.31). O seu “espírito” pode designar não mais do que poder
ou tendência ativa (Is 40.13, “quem guiou o espírito [intenção] do SENHOR”, ou “quem
conheceu a mente [intenção] do Senhor”, como aparece na LXX e em 1 Co 2.16). Na
maioria das vezes, contudo, o contexto aprova, e a analogia do NT apóia fortemente a idéia
de que o rüah YHWH é o Espírito Santo, “no mais pleno sentido cristão” (A. F.
KlRKPATRICK, Cambridge Bible, Psalms, v. 2, p. 293). No início o rüah de Deus se mexe
sobre as águas primevas (Gn 1.2), “como uma hipóstase ou pessoa” (H. SCHULTZ, Old
Testarnent, v. 2, p. 184); cf. sua presença orientadora, distinta das presenças de Iavé e de
Moisés, que o Senhor “pôs” sobre os anciãos no deserto (Nm 11.17, 25). Davi foi o primeiro
a chamá-lo de Espírito Santo (Sl 51.11 [13]; cf. Is 63.10-11), e Isaías, quer pensando nele
com o aquele que o inspirava, quer como um companheiro de conversa, pressupõe que ele
possui personalidade própria e distinta quando diz, citando o Messias, “o SENHOR Deus
me enviou a mim e o seu Espírito” (48.16).
A obra do Espírito de Deus pode ser: cósmica, quer na criação (Jó 26.13), quer na
providência constante (Jó 33.4; Sl 104.30); redentora, na regeneração (Ez 11.19; 36.26-27);
na Sua presença, habitando no fiel, sustentando-o e guiando-o (Ne 9.20; Sl 143.10; Ag
2.5); ou a plenitude, para a liderança (Nm 11.25; Jz 6.34; 1 Sm 16.13), para o serviço (Nm
11.17; Mq 3.8; Zc 7.12) ou para a futura capacitação do Messias (Is 11.2; 42.1; 61.1) e de
seu povo (J1 2.28 [3.1]; Is 32.15).
[Distinções entre rüah e nepesh: rüah é o princípio da vida racional e imortal do
hom em e possui a razão, a vontade e a consciência. Outorga a imagem divina ao homem
e constitui a dinâmica vivificante que resulta no nepesh do homem como o sujeito da vida
pessoal. A personalidade distintiva do indivíduo é inerente ao seu nepesh, o centro de suas
em oções e desejos, rüah é a força ou poder da vida, sendo que a base de sua vitalidade
reside nele mesmo; o nepesh implica um sentido mais subjetivo e condicionado da vida.
Parece que o NT faz uma distinção de forma e conteúdo entre pneum a (rüah) e psyché
(nepesh). G.L.A.]
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J.B.P.
2132 fíTl (rãwah) s e r la rg o , s e r esp a ço so (e.g., 1 Sm 16.23; Jó 32.20).
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