DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1772 *ni?S (pãlâ)
p ile g e s h . C o n cu b in a . O equivalente hebraico do grego pallakis e do latim pellex. Um a
concubina era um a esposa de verdade, embora de nível inferior. Isso se vê, por exemplo,
nas referências ao “m arido” de uma concubina (Jz 19.3), ao “sogro” do marido, isto é, o pai
da concubina (Jz 19.4), ao “genro” do pai da concubina, isto é o marido (Jz 19.5). Assim
sendo, a concubina não era uma am ante sustentada, e não coabitava com o homem sem
estar casada com ele. A instituição em si é um desdobramento da poligamia.
Diversos homens no AT possuíam um a ou mais concubinas (como sinal de riqueza e
de nível social). Observe-se que muitos dos que tiveram concubinas foram reis (e cf. E t
2.14; C t 6.8; Dn 5.3, 23).
Existem duas concubinas famosas mencionadas no AT. São elas: 1) Rispa, a concubina
de Saul, cuja demonstração carinhosa de amor m aternal tocou tanto em D avi que este fez
com que os filhos dela fossem sepultados no sepulcro da fam ília (2 Sm 3.7 e 21.8-14); 2)
a concubina de um levita cujo nome não é dado, cujo estupro e assassinato em Gibeá
provocou a morte de 25 000 membros da tribo de Benjam im e o interdito de que membros
das outras tribos se casassem com benjam initas (Jz 19— 20; um terço dos usos de pilegesh
no AT encontra-se nesses dois capítulos).
Deitar-se com a concubina do rei eqüivalia a usurpar o trono. Isso explica por que
A bner logo se desentendeu com a casa de Saul, pois procurou casar-se com Rispa, a
concubina de Saul (2 Sm 3.7). Casar-se com a viúva de um rei podia facilm ente sugerir
pretensão ao trono (cf. 2 Sm 16.21-22 e sem elhantem ente a idéia em 1 Rs 2.21-24).
B ib lio g r a fia : — MORGENSTERN, J., Additional notes on ‘Beena marriage
(m atriarchat) in ancient Israel’, ZAW 49:46-58, esp. p. 56-8. — P a ta i, R., Sex and fam ily
in the Bible, Doubleday, 1959. p. 39-43. — P la u t z , W em er, Monogamie und Polygynie
im Alten Testam ent, ZAW 75:3-27.
17 71 (pelãda) fe r r o , a ç o (Na 2.4). Derivação incerta.
1772 *ni7!D (pãlâ) s e r d istin to , s e r d istin g u id o .
Termo Derivado
1772a ,ji?2 (pelõni) a lg u ém , fu la n o . Sempre empregado junto com ’alm õni (Rt
4.1; 1 Sm 21.3; 2 Rs 6.8).
De acordo com BDB (p. 811), essa raiz ocorre sete vezes, quatro delas em Êxodo, três
^
A
em Salm os. E usada duas vezes no nifal (Ex 33.16; Sl 139.14) e cinco no hifil. De outro
lado, KB (p. 761) identifica apenas as passagens de Êxodo (8.22 [18]; 9.4; 11.7; 33.16) com
a raiz pãlâ. Se esse é de fato o caso, pãlâ ocorre apenas um a vez no nifal (Êx 33.16, “ser
separado” [ARA], “ser identificado”) e três vezes no hifil (8.22 [18]; 9.4; 11.7, “pôr de lado”,
“separar”).
N a quarta praga enviada contra o Egito, a praga das moscas (8.22 [8]), o Senhor
“separa” a terra de Gósen, afastando-a da praga que infesta as casas egípcias. N a quinta
praga, a da epidem ia que matou os rebanhos egípcios, o Senhor “faz distinção” entre ò
gado de Israel e o do Egito (9.4). Quando Moisés anuncia a morte dos primogênitos (Êx
1 1 .1 e ss.), ele diz um a vez mais que o Senhor “faz distinção” entre o Egito e Israel (11.7).
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