DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

295 b r c (ibü)
rfrin ? (bH ídâ). Veja o n.° 295a.
C,l?YQ (betü lim ). Veja o n.° 295b.
295 ^ " 3 (b tl). A ceita co m a ra iz de:
295a vròinzi (ò etá lâ ) v ir g e m .
295b t c ^ r s (betü lim ) v i r g i n d a d e .
bctülâ. V irgem , jo v e m , m oça ; provavelmente derivada de um verbo não usado, b ã ta l,
“separar”. Embora os léxicos de hebraico e as traduções modernas traduzam geralmente
betü lâ por “virgem*’, G. J. Wenham (B°tülãh, “‘A girl o f marriageabie age”, VT, 22:326-48)
e Tsevat (TDOT, v. 2, p. 338-43) contestam que este seja o sentido geral e preferem “uma
jovem cm idade de casar”. Mas enquanto Wenham nào aceita o sentido de “virgem” em
nenhum texto, Tsevat aceita tal sentido em três das 51 ocorrências do termo (Lv 21.13 e
s.; Dt 22.19 e Ez 44.22). De qualquer forma, um grande argumento pode ser levantado
sobre a possibilidade de b'tú lâ não ser um termo técnico para uirgo in ta cta no AT,
conclusão importante para se conhecer o sentido de 'alrnú em Isaías 7.14.
A s L ín g u a s C o g n a to s. Um estudo da palavra nas línguas cognatas sustenta a
discussão de C. H. Gordon de que betid â nas línguas do Oriente Próximo não tem por si
só o sentido de virgo in tacta (JBR, 21:240-1).
A palavra egípcia especialmente paralela a esta palavra hebraica é Juon.t. Ainda que
a palavra possa denotar “moça”, “virgem”, pode também denotar uma mulher em idade
de casar ou uma jovem que tenha tido relações sexuais. Assim a palavra ó usada nos
Textos da Pirâmide da protetora do rei, que é explicitamente chamada de sua mãe. e de
Isis, de quem se diz num oráculo de um sarcófago que está misteriosamente grávida.
Tsevat conclui: “Pode ser afirmado que h w n .t não é usado para denotar virgindade
biológica, mas antes vigor juvenil e maternidade em potencial” (p. 339).
O cognato acadiano, ba tu ltu , denota “em primeiro plano um grupo de certa faixa
etária: somente em contextos específicos [...] o termo assume a conotação de ‘virgem’ ”
(C/W, v. 2, p. 174). J. -J. Finkelstein (Sex offences in Sumerian laws, JAOS, 86:355-72) e B.
Landsberger (Jungfraulichkeit: Ein Beitrag zum Thema “Beilager und Eh.eschliessung”,
In: S y m b o la e J u rid ica e ... M. David ... ed. J. A. Ankum ..., II Leiden, 1968, p. 41-105) têm
enfatizado em estudos independentes que a palavra é normalmente melhor entendida
como “jovem (solteira)”. De fato, não há outra palavra para “virgem” no sumério ou no
acadiano. Tal conceito é expresso de modo negativo pela expressão “a que não foi
deflorada” .
No ugarítico, b tlt é um epíteto freqüente para Anat, esposa de Baal, que
repetidamente mantém relação sexual (cf. SELMS, A. van, M a rria g e a n d fa m ily life in
ugaritic. litera tu reYLondres, 1954, p. 69, 109).
Em uma tradição xiíta, Fátima, ainda que mãe de Hasan e Hussein e de outros
filhos, tem o titulo de b a tü l (VlROLLEAUD, C., L e th éâ tre P ersa n , Paris, 1950, p. 37). Em
um texto aramaico de Nippur, Montgomery interpreta a frase, b tw lt, “trabalhando sem
suportar”, como que denotando uma esposa desafortunada sofrendo por seus fracassos e
enfermidades femininas (A r a m a ic in ca n ta n tio n tex ts fro m N ip p u r, Filadélfia, 1913, p.
131).
230