DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1297 (nãgash)
variante ngsh (UT 19: n? 1 611). Observe-se nãgaé, “pressionar”, “exigir”. Esta raiz ocorre
125 vezes.
O uso sim ples da raiz tem a conotação de proxim idade, ou seja, suficientem ente
próxim o para encostar (Gn 27.21; 29.10), com er (Gn 27.25), beijar (Gn 27.27), abraçar (Gn
48.10). Quando em pregada num contexto m ilitar (c f qãrab), m uitas vezes se faz
acom panhar de “pelejar” (c f Jz 20.23, lit., “tom arem os a aproxim ar para pelejar...?”; 1 Cr
19.14). M as nem sem pre isto é verdade. Em Joel 3.9 [4.9] nãgash tem o sentido de ser
arregim entado para o com bate (paralelo de ‘àrak [2.5J, q.v.) e aparece ju n to de bô’ (q.v.).
Veja-se 1 Sam uel 17.16, 40. A raiz tam bém pode ter o sentido de participação no próprio
com bate e o seu resultado. De m aneira que, em Ezequiel 9.6, os eleitos assinalados com
um a m arca (tãw) não devem ser m ortos (hãrag, paralelo de ’al nãgash). Israel, que com
m uito orgulho se ufana de que a m orte (espada) não o alcançará nem o encontrará, é
condenado por Deus (Am 9.10). Por este m otivo, o soberano Deus da aliança dirige e
controla a espada, m antendo os eleitos em segurança m esm o no m eio da guerra (Sl 91.7)
e castigando os iníquos.
Pode-se usar a raiz para indicar o aproxim ar-se de uma pessoa de posição elevada
com todo o respeito que lhe é devido (Gn 43.19; 45.4; 2 Rs 5.13). Deus diz que um rei
oriundo de seu povo se aproxim ará dele no eschaton (Jr 30.21). Os hom ens aproxim am -se
de Deus por m eio de seus servos a fim de aprender a vontade divina (Jr 42.1; c f o uso de
estola sacerdotal, 1 Sm 23.9, e de sortes, 1 Sm 14.38). N estes usos Deus é representado
com o rei e juiz. Às vezes é difícil discernir a linha divisória entre aproxim ar-se do servo
e aproxim ar-se do próprio Deus (cf. Js 14.6, 21.1). No entanto, existem exem plos claros
de chegar perto de Deus-Juiz, ou seja, entrar num a sala de tribunal preparado para
apresentar um a defesa (Gn 18.23). Deus convoca os hom ens a vir e ouvir sua sentença (Js
3.9). O profeta Isaías causa bastante im pacto ao em pregar esta figura de linguagem de
um tribunal para cham ar Israel e as nações a prestar contas (Is 41.1, 21; 45.20-21). O
servo do Senhor declara ousadam ente que Deus é seu advogado perante seus inim igos.
Ele não receia de form a algum a que dem onstrem sua culpabilidade (Is 50.8).
Deus assenta-se com o ju iz sobre o seu povo (Js 3.9) e indica pessoas que irão
representá-lo nesta função (Ê x 24.14; Dt 25.1). Elias convoca o povo a, num julgam ento,
servir de testem unha em sua controvérsia com os profetas de Baal (1 Rs 18.30).
Os hom ens tam bém devem -se aproxim ar de Deus, o grande rei e ju iz. na qualidade
de grande e santo salvador Por conseguinte, o vocábulo é usado num contexto de
adoração pública. Para aproxim ar-se devidam ente de Deus é preciso purificação (Ê x 19.22;
20.21; 28.43; 30.20; Lv 21.21) e ser designado para tanto (e.g.. Nm 4.19). A palavra é
perm utável com qãrab I (q.v.), am bas representando tanto a apresentação de um a oferta
aos sacerdotes (Lv 8.14) quanto a apresentação da oferta pelos sacerdotes perante Deus
(Lv 2.8). À sem elhança de Jerem ias (12.2, qãrab), Isaías (29.13) fala do descontentam ento
de D eus com o fato de seu povo estar perto dele com os lábios m as bem longe no coração.
M alaquias utiliza seis vezes o vocábulo e sem pre com o sentido de apresentar um a oferta
(e .g , 1.7-8).
Esta raiz, assim com o qãrab I, é usada em Êxodo 19.15 para referir-se a relações
sexuais.
L.J.C.
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