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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1288 n a (ngb)<br />

Claro está, com base em Gênesis 13.1 e Números 13.23, que esta palavra indica uma<br />

área geográfica, pois nestas duas passagens os viajantes estão indo para o norte. Um<br />

sentido secundário do vocábulo é o de “sul” (c f Gn 13.14). C f os seguintes sinônimos:<br />

yãmin (que deixa implícita a postura oriental na oração, KB), têmãn (raiz yãmin), yam<br />

e dãrôm. O substantivo ocorre 111 vezes.<br />

O antigo Neguebe era uma região de limites indefinidos e com aproxim adam ente<br />

11 700 quilôm etros quadrados. Seu limite ao norte estendia-se ao sul da estrada Gaza-<br />

Berseba diretam ente ao leste de Berseba até o mar Morto. Seu limite ao sul misturava-se<br />

com os altiplanos da península do Sinai. O Neguebe era (e ainda é) constituído de um<br />

terreno bastante irregular, em que quase nunca chove (de 25 a 200 m ilímetros de<br />

precipitação anual). Os verões são quentes, e os invernos, frios. Ventos fortes assolam a<br />

região nas duas estações (cf Is 21.1). A ocorrência de chuvas rapidam ente transform a os<br />

uádis em correntezas transbordantes e seu terreno siltoso oferece resistência à absorção<br />

da água (c f Sl 126.4). Abaixo da superfície, existe na região um lençol freático abundante.<br />

O terreno não é desértico, visto que permite, ainda que lim itadam ente, que anim ais nele<br />

pastem (c f Gn 13.1-6) e, em condições controladas (um governo central forte para proteger<br />

os lavradores de beduínos saqueadores e ajudá-los durante as secas freqüentes), pode dar,<br />

em algumas áreas, condições de cultivo da terra.<br />

Nem sempre o Neguebe teve uma população fixa. Os séculos 21 a 19 a.C. atestam a<br />

existência de m uitas aldeias cuja destruição pode m uito bem ter sido conseqüência dos<br />

ataques e saques levados a efeito por Quedorlaom er e seus aliados (Gn 14). Esta<br />

devastação também pode explicar por que Hagar ficou perdida ao ir em bora — os marcos<br />

conhecidos (i.e., as cidades) estavam destruídos (Gn 21.14). E também os patriarcas<br />

aparentem ente não se dirigiram ao Neguebe depois de Gênesis 14, mas permaneceram<br />

na área de Gerar, Hebrom e Berseba, que escapou incólume à invasão. Até o m omento<br />

quase não há dados arqueológicos que indiquem uma ampla ocupação amalequita à época<br />

do Êxodo (c. 1445 a.C.; no entanto, cf. G. L. ARCHER, A survey o f Old Testarnent<br />

introduction, Moody, 1964, p. 214-5, 220-1). Israel foi repelido por esses amalequitas (Nm<br />

14.44 45; Dt 1.44), mas posteriormente Judá e Sim eão invadiram e ocuparam a região.<br />

A arqueologia confirma uma ampla ocupação durante o período da monarquia. Saul<br />

destruiu a cidade do rei Agague (1 Sm 14-15). Davi com bateu os amalequitas e outros nas<br />

várias áreas do Neguebe (1 Sm 30). Como nos dias dos patriarcas, também durante o<br />

início da monarquia o Neguebe foi ocupado por vários grupos étnicos (Gn 26.26-33; 1 Sm<br />

27.10; 30.14). Durante o reinado de Salom ão o Neguebe produziu cobre (fundido em<br />

Eziom -Geber) e possuía muito comércio (era atra ve ssa d o pelo "cam in h o de Sur” e várias<br />

rotas com erciais m enos importantes). (C f o mapa em Y. AHARONI, The land o f the B ible,<br />

W estm inster, 1967, p. 40.) Mais tarde, quando Eziom -Geber ficou sem condições de uso,<br />

um porto adjacente, Elate, foi reaberto por Uzias (1 Rs 9.26; 2 Cr 26.2) para facilitar o<br />

com ércio de cobre.<br />

Os profetas predizem uma desolação (Jr 13.19; Ez 20.46-47 [21.2-31) e, no fim, uma<br />

recuperação de Judá e do Neguebe (Jr 17.26; 32.44; 33.13).<br />

B ib lio g r a fia : — COHEN, S. The Negeb, In: IDB. — HOUSTON, J. M. Negeb, In: NBD,<br />

p. 874-5. — G lu e ck , N., BA 18:2-9. — M cK enzee, J. L. Dictionary o f the Bible,<br />

M ilwaukee, Bruce, 1965. — BALY, P., The geography o f the Bible, Harper, 1957. —<br />

GLUECK, The other side o f the Jordan. ASOR, 1940.<br />

L.J.C.<br />

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